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Sorriso pedirá ajuda do governo federal para arrumar pontes e estradas

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Uma equipe da Defesa Civil estadual está em Sorriso, desde quinta-feira (27), para verificar tudo que consta no decreto de situação de emergência assinado pelo prefeito Dilceu Rossato (PR). Durante o final de semana, foi montado um posto volante da Defesa Civil na sede da prefeitura, onde prefeitos, secretários e lideranças de Sorriso, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e Tapurah puderam tirar suas dúvidas e repassar informações aos agentes do governo.

“Solicitamos o apoio da Defesa Civil para nos auxiliar na elaboração da documentação necessária para cumprirmos todas as exigências do Ministério da Integração. Somos obrigados, além de decretar a situação de emergência, enviar todas as informações exigidas por Brasília para que eles possam fazer uma análise da situação. Então, além de fotos e imagens, precisávamos montar um dossiê detalhado para dizer quanto o município já investiu em ações emergenciais. Passamos o fim de semana elaborando esse documento e fazendo algumas vistorias in loco para mostrar os estragos que ainda estão ocorrendo com as chuvas”, afirma o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Sorriso, Afrânio Migliari.

De acordo com o levantamento feito pela prefeitura, nos últimos 60 dias foram destinados R$ 5 milhões em ações de emergência. “Esse valor foi investido não apenas na zona rural, onde as estradas e pontes foram levadas pelo excesso de chuva, mas também na área urbana, como na recuperação de ruas, de bueiros, dos prédios públicos, escolas, creches, e outros, onde os telhados não estão suportando a grande quantidade de água”, explica Afrânio, que acrescenta que todos os gastos estão sendo comprovados pelos agentes da Defesa Civil. “Estamos comprovando todos os nossos gastos para mostrar para o Governo Federal que precisamos de todo apoio possível”.

Além dos valores investidos pela prefeitura, Afrânio destaca que existem as perdas nas principais atividades econômicas do município. “De acordo com o Sindicato Rural, o prejuízo inicial gira em torno de R$ 250 milhões somente em Sorriso. São lavouras de soja que ficaram sem colher, queda na produção dos que colheram com as chuvas, e a grande maioria dos agricultores que não conseguiu plantar a segunda safra. As lavouras de milho que foram plantadas estão debaixo de água. Com o algodão, a perda deve chegar em 20% a 30% do total cultivado. É uma somatória de fatores que faz com que aumentemos os prejuízos diariamente. Hoje não estamos conseguindo levar ração para as aves e porcos do interior, e nem conseguimos tirar esses animais que estão prontos para o abate”.

De acordo com o agente da Defesa Civil, Benedito de Araújo Gomes, a documentação necessária para buscar ajuda do governo do Estado e federal está toda em ordem. Agora, a prefeitura deverá enviá-las ao sistema S2ID. “Brasília aguarda que seja enviada essa documentação para que a Secretaria Nacional de Defesa Civil e o Ministério da Integração possam avaliar e, assim que os trabalhos forem concluídos, retorne uma portaria para o município”.

Bendito destaca o trabalho de equipe que as prefeituras de Sorriso, Ipiranga do Norte, Tapurah e Nova Ubiratã fizeram buscando amenizar os problemas da região. “As equipes das prefeituras envolvidas tiveram dedicação em tempo integral à questão do Estado de Emergência. Independente de ser época de carnaval e feriado prolongado, todos nos atenderam e acompanharam no final de semana para a documentação fosse feita de forma correta. Vamos embora muito contentes com a dedicação que vimos aqui. Não sabemos em quanto tempo teremos o retorno do Governo Federal, mas esperamos que seja o quanto antes devido a gravidade do caso que acompanhamos de perto”.

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