O Governo Federal divulgou um relatório dos números de desmatamentos ocorridos somente no Estado de Mato Grosso, nos últimos 4 anos. De 8.177 km² desmatados em 2002, a área atingida passou a 12.586 m² em 2004, segundo estimativa do Ministério do Meio Ambiente. Os outros Estados onde o desmatamento foi mais frequente são Pará, Rondônia, Amazonas e Acre.
O relatório atribuí a Mato Grosso, a maior “fatia” de responsabilidade nos desmatamentos da região amazônica: 48,1% em 2004. Entre os municípios matogrossenses com as maiores áreas desmatadas (acima de 300 km²) está Aripuanã, com 1.041 Km² desmatados em 2004; Tapurah, com 546,40 m²; Nova Maringá, com 445,63Km²; Querência, com 418,74 Km²; Nova Ubiratã, com 382,95 Km²; Nova Bandeirantes, com 375,91 e Brasnorte com 335,97 km².
Apesar de Aripuanã ser a campeã brasileira em desmatamento, os municípios do Pará, São Félix do Xingu, Novo Progresso, Altamira, Novo Repartimento e Cumaru do Norte, seguem atrás. Consta ainda no relatório, como o quarto maior em índice de desmatamento, o município de Porto Velho (RO).
Foi formado, em 2003, o Grupo Permanente de Trabalho Interministerial Sobre Desmatamento na Amazônia. Entre os resultados efetivos alcançados está um aumento de 83% no total de infrações cadastradas e apreensão de 60 mil m3 de madeira em tora e 13 mil m3 de madeira serrada no ano passado.
Neste ano, foi registrada a apreensão de 52 mil m3 de madeira em tora (até abril) e instalação de todas as bases operativas, uma delas em Sinop, norte de Mato Grosso. A partir das bases operativas com suporte logístico do Ministério da Defesa, Sob orientação dos mapas, serão montadas diligências de campo habilitadas para: Fiscalização ambiental, trabalhista, fundiária, tributária e rodoviária.