Há pouco mais de dez dias para terminar o mês, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que em julho o número de queimadas registradas pelos satélites do instituto já é 500% superior ao mesmo período de 2009. Isto porque, do dia 1° até ontem, foram 36 focos contabilizados enquanto, no ano passado, somaram apenas 6.
Em muitos casos os focos não são em áreas urbanas. Conforme Só Notícias informou, em apenas um final de semana houve pelo menos três denúncias de incêndios em pastagens e reservas florestais de fazendas. Em um dos casos, a área afetada foi de aproximadamente 120 hectares.
Ainda segundo os dados do instituto, de janeiro até ontem, foram registrados pelos satélites 79 focos de calor no domínio sinopense. A quantidade corresponde a 24 focos a mais do que o contabilizado em 2009. Já no Estado, as queimadas somam mais de 19,8 mil registros no ano (já no ano anterior totalizaram 12.409).
O período proibitivo começou a vigorar neste mês e segue até 15 de setembro. O objetivo é coibir incêndios florestais devido as condições climáticas extremamente desfavoráveis na região.
Neste prazo, quem for pego ateando fogo pode receber multa que varia de acordo com a área atingida – de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil reais por hectare nas áreas de floresta -, além de correr o risco de ser detido e responder por crime ambiental. Nesses casos, a detenção pode chegar a quatro anos.