
O Ministério Público Estadual, por meio da promotora Audrey Illity, e o juiz da 6ª Vara da Comarca, Cleber Zeferino, deveriam chegar a um acordo e definir qual seria a área para a reconstrução do prédio histórico até hoje, no entanto, a data deve ser estendida. “Acredito que vai ser concedido mais prazo”, adiantou Goulart.
Rodrigo Goulart, explicou, ao Só Notícias, que a indicação do Benedito Santiago como possível local para a implantação foi feita pela promotoria. “A justificativa é que ali também seria um local com cunho histórico. É importante ressaltar que, independente da área que o município indicar, o Ministério Público precisará aprovar. A colonizadora não participa da escolha do terreno”, destacou.
De acordo com uma fonte ligada à Secretaria de Cultura, a prefeitura trabalha com a possibilidade de reconstruir o Colonial na área onde funciona, atualmente, o Viveiro Municipal, na avenida das Flamboyants, esquina com a Itaúbas. Outras possíveis áreas disponíveis também estão sendo avaliadas pelo Núcleo de Desenvolvimento Urbano (Prodeurbs).
Com a definição, a área será apresentada à colonizadora, que terá 60 dias para apresentar um pré-projeto do centro cultural ao Ministério Público, que exigiu uma reprodução fiel do Colonial, além de um coreto (praça) com banheiros. Após aprovação da companhia, será elaborado o projeto definitivo. O centro cultural será construído pela Colonizadora e repassado, posteriormente, para o município. Uma vez que é um projeto complexo, por, obrigatoriamente, manter as mesmas características do Colonial, várias peças serão encomendadas. A construção deve começar somente em 2016.
A área onde atualmente está o Colonial está sob disputa judicial desde 2003.
Conforme Só Notícias já informou, a câmara aprovou por unanimidade projeto para o ginásio Benedito Santiago “ficar tombado pelo seu valor histórico e cultural” e que “é obrigação do Poder Público garantir sua devida preservação e conservação. Sua arquitetura nos remete à visão de décadas passadas e a garantia de sua intocabilidade garante que as gerações vindouras possam contemplar a beleza simples de seus traços”.
Porém, até o momento, a prefeitura não se manifestou sobre o assunto e não divulgou se vai vetar ou sancionar o projeto. Caso seja vetado, a proposta volta para os vereadores, que têm o poder de decidir se derrubam ou mantém a decisão de Juarez. Atletas sinopenses de várias modalidade já protestaram contra a possível demolição do local e foram à câmara manifestar apoio ao projeto proposto por Wollgran e cobrar a aprovação por parte da prefeitura.
Segundo a assessoria da prefeitura, o projeto já chegou ao Executivo, porém, foi encaminhado para o departamento jurídico e, atualmente, está sob análise de legalidade pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


