Cerca de 82% dos empresários se sentem inseguros ao serem questionados sobre a segurança pública no município. É o que aponta a pesquisa “O efeito da criminalidade sobre os negócios” realizada pelo Centro de Informações Socioeconômicas (Cise) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Do total, apenas 12% afirmaram que se sentem seguros e 6% ficaram neutros.
“O empresário de Sinop avaliou de forma muito negativa a segurança no município. O alto número de assaltos e o alto volume de homicídios, associados aos últimos acontecimentos (como o caso dos seis ônibus incendiados) contribuem para o aumento da sensação de insegurança”, ressaltou o instituto.
Diante da sensação de insegurança, a maioria destes empresários, cerca de 67%, investe em equipamentos de segurança como alarmes e cerca elétrica ou tomam algumas medidas para amenizar a exposição à violência.
Os números mostram que “os custos com segurança privada reduzem a margem de lucro do empreendimento ou, então, são repassados aos consumidores por meio de aumento dos preços dos bens e serviços”. Apenas 28% responderam que não fazem nenhum investimento e 5% se disseram neutros.
Segundo o Cise, investir em segurança privada “concorre com outras áreas, podendo reduzir investimentos em máquinas, equipamentos ou melhorias no estabelecimento”.
O levantamento teve amostragem de 130 pessoas, sendo que destas 73,1% responderam o questionário e 26,9% se recusaram. O estudo foi feito durante os dias 1 e 5 do mês de setembro, referente aos últimos 30 dias de atividade econômica.
Conforme Só Notícias já informou, o número de homicídios no município aumentou 25% este ano em comparação com todo o ano anterior. Dados do cartório central de distribuição da Polícia Civil apontam que 83 pessoas foram assassinadas até o momento, enquanto durante todo o ano passado foram 66 mortes violentas. Dos casos registrados de janeiro até este mês, 65% foram resolvidos com os acusados identificados e presos.