O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad) prestou, nesta segunda-feira à noite, homenagem a um de seus fundadores e principais dirigentes: Nereu Pasini. Ele fez parte da primeira diretoria, em 1986, quando o sindicato, sendo vice-presidente, e representou o setor madeireiro em Cuiabá. Sua atuação no setor fez com que chegasse à diretoria da Fiemt e, na penúltima gestão, presidisse (por vários anos) a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). Foi construído, ao lado do Sindusmad, um memorial mostrando a história do setor madeireiro e onde haverá reuniões de lideranças do setor. A diretoria do sindicato homenageou Nereu colocando seu nome no memorial.
Após a inauguração, Nereu Pasini disse, em entrevista ao Só Notícias, que dedica a homenagem e e seu legado para os filhos, netos, e também para toda a sociedade para que saibam da luta que os industriais do setor madeireiro tiveram. “Sinop foi um município que teve o setor madeireiro organizado e unido para enfrentar as dificuldades inerente da época, que eram falta de estradas, energia elétrica e também na relação com o governo. No começo o setor teve dificuldades com o Ibama, mudanças de leis. A luta foi muito grande, mas essa união resultou no que estamos vendo agora, que é o crescimento do sindusmad”, disse.
Pasini também considerou “uma honra presidir o sindicato e, em função da importância que a entidade tem no Estado, ele foi presidente da Fiemt. A importância do sindusmad se manteve até hoje e por isso o sindicato lidera a Promadeira que começou no pátio da federação das industrias em Cuiabá, e hoje é considerada a maior feira de madeira tropical do país”, comentou.
De acordo com Nereu, a quantidade de indústrias do setor madeireiro diminuiu com o passar dos anos, porém, o setor teve um crescimento, e isso é visto com a feira. “O setor antigamente era liberal e não haviam muitas regulamentações e foi feito o que não deveria ser feito, teve deficiência do governo que não acompanhou o crescimento do setor, leis que surgiram impedindo o crescimento, vontade do próprio governo que tentou acabar com o setor que foi considerado o destruidor da floresta. Mas éramos aproveitadores da floresta, pois usávamos o que seria queimado apos abertura de cidades e fazendas, e nós transformávamos em riqueza e geramos muitos empregos e ajudamos a criar muitas cidade no Estado”.