O procurador da República Thiago Lemos de Andrade disse que o depoimento dos controladores de vôo, ontem, em Sinop, não teve “relevância diante das provas” já constantes no processo. Foram quase sete horas de interrogatório. Jomarcelo Fernandes dos Santos, Lucivando Tibúrcio de Alencar, Leandro José Santos de Barros e Felipe Santos dos Reis, que atuavam no controle do tráfego aéreo no Cindacta 1, foram acusados pelo Ministério Público Federal por atentando à segurança de aeronaves.
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“Há provas substanciais para a condenação. Interrogatório é um ato defensivo que pouco acrescenta provas, uma vez que todos os procedimentos dos controladores está documentado. No inquérito contém o registro de áudio e vídeo, e o procedimento integral que eles tomaram está registrado documentalmente, materialmente”, alegou. Segundo ele, três foram acusados de crime culposo, quando não há intenção, já Jomarcelo dos Santos por crime doloso (intencional).
Mesmo sem a confirmação dos procedimentos adotados pelo controlador Jomarcelo, que reservou-se ao direito de ficar calado perante os questionamentos do juiz Murilo Mendes, do MPF e da defesa, o procurador afirmou que não houve prejuízo para manter a tese acusação. “O silêncio não faria diferença diante da prova material, dos registros documentais de som, imagem e diálogo que existe nos autos”, salientou.
A partir de agora, o MPF aguardará o andamento do processo e a oitiva das testemunhas. Segundo Andrade, apenas duas foram apresentadas pelo MPF, sendo um supervisor de controle aéreo e um passageiro do jato Legacy.
Além dos controladores, são acusados no processo os americanos Jan Paladino e Joseph Lepore, que pilotavam o jago Legacy, que envolveu-se na colisão com o boeing da Gol, onde estavam os 154 passageiros e tripulantes que morreram na queda, em uma área de mata fechada, no Nortão. Os dois também deveriam depor, na última segunda-feira, na Justiça Federal de Sinop, mas não compareceram, conforme Só Notícias informou.
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