O controlador de vôo Jomarcelo Fernandes dos Santos negou-se a responder esta tarde, em depoimento na Justiça Federal em Sinop, se os pilotos do jato Legacy, Joseph Lepore e Jan Paladino, voavam com o transponder (equipamento que detecta aproximação de outra aeronave) desligado. Ele trabalhou no Cindacta 1, em Brasília, no dia em que o jato colidiu com Boeing da Gol, matando os 154 ocupantes. Ele não respondeu a nenhum questionamento durante a oitiva. Foi peguntado se ele tentou contato com o Legacy para alertá-los que estavam na altitude errada e se Lepore e Paladino descumpriram plano de vôo.
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Jomarcelo, o único dos controladores acusado pela Polícia Federal e MP de crime doloso (atentado contra segurança de aviões), entrou mudo e saiu calado. A cada questionamento do magistrado, ele respondia “me reservo ao direito de ficar calado”. O Ministério Público diz que Jomarcelo sabia que o Legacy deveria descer de 37 para 36 mil pés depois de passar por Brasília, mas não alertou os pilotos americanos.
A colisão ocorreu no Norte de Mato Grosso. O Boeing, que seguia para Brasília, caiu e, o Legacy, que ia para os Estados Unidos, fez pouso forçado na base do Cachimbo (PA).
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