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Sinop: comarca faz campanha em prol de vítimas em Marcelândia

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O Poder Judiciário de Mato Grosso encontra-se mobilizado em prol dos moradores de Marcelândia (210 km de Sinop), recentemente afetados por um incêndio de grandes proporções que abalou a economia e a rotina do município. A Comarca de Sinop iniciou a campanha SOS Marcelândia, que visa a arrecadação de gêneros de primeira necessidade e de eletrodomésticos para as famílias atingidas pelo incêndio. A campanha foi deflagrada pelo diretor do Foro do município, juiz Mirko Vincenzo Giannotte, a pedido do juiz da Comarca de Marcelândia, Anderson Candiotto.

"A mobilização teve início aqui pelo fato de Sinop ser um município maior e, consequentemente, com maior capacidade de angariar o que a população necessita", frisou o diretor do foro. Já o juiz Anderson Candiotto intermediou a negociação de uma área que abrigará novas casas a ser construídas pelo governo do Estado em parceria com a prefeitura. "Muito embora a situação seja desesperadora, as famílias atingidas, em breve, terão uma situação muito melhor, pois serão proprietárias, de fato, de suas casas", destacou o magistrado. Cerca de 120 famílias foram atingidas pelo incêndio ocorrido na semana passada.

Candiotto conseguiu junto à empresa fornecedora de energia elétrica (Rede Cemat) a doação de 70 geladeiras e intermediou a doação de uma área em litígio há anos entre a prefeitura e a colonizadora local. "Já temos máquinas trabalhando na construção das casas de alvenaria a serem doadas às famílias, que serão proprietárias de suas casas. A construção deverá levar entre 60 e 90 dias", ressaltou o magistrado. A área em questão tem espaço para 156 lotes de 15m x 25m.

O magistrado informou ainda que a Associação dos Madeireiros de Marcelândia disponibilizará mais uma área com 50 lotes, também no setor industrial. As novas construções deverão beneficiar outras famílias flageladas que também enfrentavam problemas. Uma nova vila deverá surgir com a construção dessas casas. Por enquanto, cerca de 100 famílias ficarão abrigadas em um barracão disponibilizado pela igreja católica local, já outras 20 se hospedarão em casas de parentes e amigos. Segundo o magistrado, a situação dessas famílias é caótica, pois a maioria perdeu todos os bens que possuíam, sendo que muitas ficaram apenas com a roupa que usavam no momento da tragédia.

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