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Sinop: casal de quatis resgatados volta para natureza após tratamento  

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Só Notícias/Kelvin Ramirez (foto: divulgação)

O setor de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de Sinop, soltou, esta semana, de um casal de quatis no parque estadual do rio Ronuro, nas proximidades de Nova Ubiratã. Ao Só Notícias, a veterinária e responsável pelo setor, Elaine Dione Venega da Conceição, explicou que os dois animais foram resgatados há três meses e encaminhados pela secretaria estadual de Meio Ambiente.  

Segundo Elaine, a soltura foi conjunta tendo em vista análises comportamentais dessa espécie. “É importante que a gente considere várias condições numa situação de soltura. Em espécies que são organizadas em grupos, como é o caso dos quatis, é importante que a gente priorize a soltura em grupo, mesmo que em subgrupo. Isso tem mais chances de sucesso que o animal isoladamente”, detalhou. 

“Esses animais têm origens distintas, mas são de idades próximas. É um macho e uma fêmea, então a possibilidade de acontecer uma soltura dessa forma tem muito mais sucesso, por isso que mesmo com a alta dos dois animais tivemos um processo de aproximação para saber se haveria aceitação dos dois animais”, acrescentou. 

Elaine relata que a fêmea passou por tratamento médico durante o período, enquanto o macho foi entregue por um morador de Sinop. “O macho era mais humanizado, foi encontrado filhote e passou um tempo sendo cuidado por humanos. Ele tinha muito mais reestabelecimento comportamental, já a fêmea tinha sido atropelada, tinha uma concussão cerebral quando chegou, deste nervoso, passou por um tratamento semi-intensivo e passada essa frase também foi estabelecida ao manejo alimentar nutricional e comportamental”, disse. 

A veterinária explica que o processo foi rápido desde a chegada dos mamíferos no centro veterinário. “Quando eles receberam alta foi feito um pareamento, depois foram colocados no mesmo recinto para que pudessem se interagir. Em seguida começa a observação, onde começamos o manejo alimentar onde vemos se eles dividem a comida, dividem o desafio e interajam com os obstáculos que a gente colocava”, explicou. 

“Houve bastante aceitação nessa aproximação, houve um reconhecimento de grupos entre os dois indivíduos. Considerando o critério que são animais de vida livre, estavam aptos a voltar a natureza e, agora em um ambiente de origem diferente de origem, mas agora com o grupo formado a chance de sucesso é maior. Se tem cooperação entre os indivíduos, passado tudo isso vimos que estavam aptos para solta”, concluiu.  

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