João Ferreira Silva, que vai a júri em 28 de março, pelo assassinato do garoto Bruno dos Santos, já está cumprindo pena pelo atentado violento ao pudor contra um menino de 12 anos. Foi por intermédio da denúncia dessa criança, que conseguiu escapar, que a polícia chegou até João e desvendou o assassinato de Bruno. Ele foi condenado a 10 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado.
De acordo com o processo, o garoto foi até o cemitério municipal acender velas para a avó já falecida, e quando retornava para sua residência, por volta das 17h, foi abordado pelo réu, que estava em uma bicicleta e lhe ofereceu carona. A vítima recusou, mas o réu insistiu e lhe propôs pagar R$ 10 para que cuidasse de uma construção.
A proposta foi aceita pelo menino. No local, o réu trancou o portão da construção e pediu à vítima que entrasse no quarto. O denunciado agarrou a vítima pelos braços, jogou-a na cama e passou a enforcá-lo, mandando que não gritasse e ficasse quieto. A violência empregada foi tão grande que fez a criança desmaiar. Quando acordou do desmaio o réu passou a submetê-la a seus caprichos sexuais.
Aproveitando-se de um descuido do acusado, o menino conseguir correr e foi para o meio da rua, onde pediu socorro a um motorista que passava pelo local. Este acionou a Polícia Militar, que conseguiu prender João.
O juiz destacou em sua sentença que o réu, “um homem já bem maduro, procura satisfazer sua lascívia com garotos, e nesse comportamento nojento usa a dissimulação, a força e, se necessário, faz coisas muitos piores, para alcançar o fim almejado e permanecer impune… é detentor de uma personalidade perversa, com grave deformação ética, moral e religiosa, e, portanto, de alta periculosidade”.