Os servidores do Judiciário de Mato Grosso não se “intimidaram” com a ameaça de corte de ponto e desconto nos salários dos que não voltarem ao trabalho a partir de 5ª feira, conforme convocação, através de portaria, do presidente do Tribunal de Justiça, José Silverio. A categoria está mobilizando uma passeata, nesta quarta-feira, às 13h, em Cuiabá, “em protesto ao descaso do Tribunal de Justiça em relação ao pleito dos servidores”. A concentração está marcada para às 11H, no fórum da capital.
O sindicato está convocando os servidores de todo o Estado para o protesto. No comunicado que distribuiu para funcionários nas comarcas no interior aponta que não devem se “amendrotar com portarias ou indicativo de corte de ponto. Pois, se retornarmos agora ao trabalho podmos esquecer qualquer revindicação junto ao Tribunal de Justiça”, afirma o presidente do sindicato, Rosenwal dos Santos, no site da entidade.
O sindicato prevê que mais de 80% dos servidores das comarcas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra e demais cidades aderiram à greve, iniciada semana passada, cobrando implantação do auxílio-alimentação de R$ 500 mensais, o pagamento o passivo da URV – conversão da moeda em plano econômico- que é de 11%, e a exigência da resolução 48 CNJ para ter curso superior e desempenhar a função de oficial de justiça.
O Tribunal de Justiça buscou apoio do governo estadual para viabilizar cerca de R$ 200 milhões e pagar os servidores sobre a diferença da URV para a moeda atual. Não foi confirmado se os recursos foram disponibilizados.
O sindicato informa que, nos fóruns, 30% do efetivo está trabalhando e só casos emergenciais estão sendo atendidos.
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