Sindicato dos investigadores e escrivães da Polícia Civil já dá como certo o retorno da greve na próxima quarta-feira (20), porque o governo, segundo o presidente Cledison Gonçalves, “está brincando com a cara dos 2.140 servidores que já suspenderam a paralisação como um voto de confiança, mas não obtiveram uma certeza que terão as reivindicações atendidas”. O sindicalista afirma com 90% de certeza que a paralisação será retomada ainda mais “brava do que antes”. Segunda-feira (18) é o prazo final da negociação, na qual acreditam que vão negociar direto com o governador Silval Barbosa e o chefe da Casa Civil, José Lacerda.
A decisão para apresentação de uma proposta final foi decidida em acordo com ambas as partes, durante reunião nesta sexta-feira. Entretanto, conforme Cledison, o governo continua com o pretexto de que não tem dinheiro para conceder o aumento salarial que já foi flexibilizado pela categoria. Inicialmente era pleiteado a equiparação salarial com os peritos criminais que recebem, inicialmente, salário de R$ 6 mil. “Já cedemos reduzimos para R$ 3,5 mil salário inicial e R$ 10 para final de carreira, o que ganha os servidores de nível superior, mas nada de negociação”.
Demora por parte do governo só tem provocado a “ira dos policiais”, pois afirmam que para conceder a verba indenizatória para fiscais da fazenda e para delegados, nunca há dificuldades. Esse é o posicionamento oficial, segundo Cledison, ao acrescentar que já fizeram sua parte que foi suspender a greve e aguardar a negociação com Silval Barbosa. Atualmente existem no Estado 1.760 investigadores e 380 escrivães, todos esperando para cruzarem os braços na próxima semana caso não concordem com a proposta que esperam receber na segunda-feira. “Apenas 30% do plantão vai funcionar e neste caso não vamos perdoar mais e nem dar voto de confiança”.
Outro lado: Por meio da assessoria, a Secretaria de Administração (SAD) informou que está formulando a nova proposta a ser apresentada na segunda-feira. Diz que acha justa as manifestações e entende a categoria, e por esse motivo é que o governo está fazendo que é preciso e dentro do possível, para atender o pleito antes da assembleia dos servidores que acontece na terça-feira. A proposta salarial deverá ser encaminhada via fax, pois não ficou marcado nenhuma reunião.