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Sindicalista em Sinop sinaliza positivamente para negociações e greve dos bancários pode chegar ao fim

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O diretor regional do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Marcos Saltarelli, em entrevista ao Só Notícias, avaliou como positivo o andamento das negociações e a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ao Comando Nacional dos Bancários. Houve a sinalização de um novo modelo de acordo que, se for aprovado, passará a ter validade pelos próximos dois anos. O valor do índice de reposição da inflação será apresentado, hoje, às 14h, na sede da Fenaban, em São Paulo. Caso ocorra o acordo entre os servidores e os banqueiros a paralisação terminará.

“Foi proposto um novo modelo de fechar a campanha para os dois anos. Isso nós avaliamos como extremamente positivo. Ninguém tem orgulho de fazer greve. As agências conquistam seus clientes e neste período eles ficam sem atendimento e isso é péssimo. Agora, se fecharmos essa campanha em um período de dois anos de acordo coletivo será ótimo. Todo ano greve ninguém aguenta. Ao invés de fazer campanha de reposição todo o ano, vamos fechar um acordo coletivo para dois anos. Se isso acontecer só haverá movimento de greve há cada dois anos”.

Saltarelli disse ainda que apesar dos funcionários das cooperativas de crédito não aderirem ao movimento grevista e a margem de lucro destas unidades serem menores, elas concederam 9,5% de reajuste da inflação e 1,5% de reposição real de salário. “É importante frisar que o lucro destas cooperativas é bem inferior aos dos bancos. Além disso, as cooperativas tem em média dez caixa para entender os cliente. Já os outros bancos tem cinco funcionários para atender uma demanda superior. A greve é para demonstrar que este modelo que está sendo instituído no país é de ganância dos banqueiros, que não visam atendimento de qualidade aos clientes e não tem interesse de oferecer estrutura de trabalho aos funcionários”.

O Comando Nacional de Greve decidiu manter, ontem, a paralisação dos atendimentos. A greve completou hoje 23 dias e é a terceira mais longa desde 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. Mais de 85% das agências no Estado estão com as portas fechadas.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.

Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.

A proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. O reajuste seria aplicado também no PLR.

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