O diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola -SINDAG-, Eduardo Cordeiro de Araújo, informou hoje, ao Só Notícias, que a suposta contaminação de hortas, em Lucas do Rio Verde, ter ocorrido por aplicação de herbicidas de aviões agrícolas que estavam trabalhando na pulverização em fazendas não está confirmada.
“Até onde estamos informados o caso encontra-se sob investigação, nada havendo ainda que confirme a causa como tendo sido herbicida e muito menos que o presumido produto tenha sido aplicado com avião”, informa Eduardo, questionando a informação divulgada por uma ONG que foi contactada por pequenos produtores que sofreram prejuízos consideráveis. “Da forma como a notícia foi divulgada o leitor é induzido a pensar que tenha se tratado de aplicação aérea, o que não é verdade, pelo menos até que se prove o contrário. A aplicação aérea é feita seguindo as normas do Ministério da Agricultura e Comando da Aeronáutica, sob fiscalização dos mesmos”, acrescenta o diretor, esclarendo que a aplicação aérea é executada por pilotos agrícolas especializados e sob responsabilidade de agrônomo. A aplicação aérea segue normas técnicas expedidas pelo Ministério da Agricultura e proíbe aplicação à distância inferior a 500 metros de cidade. “O que por si só já indica a pouca probabilidade de acidentes deste tipo ocorrerem. Se realmente o problema detectado foi causado por herbicidas não se deve descartar a possibilidade de que tenham sido aplicados por equipamentos terrestres. Assim, suspeitar que se trate de aplicação aérea é no mínimo apressado e injusto”, acrescenta o diretor do sindicato, que tem sede em Porto Alegre (RS).