terça-feira, 14/maio/2024
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Servidores estaduais da Saúde dão prazo a Taques e ameaçam entrar em greve

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Servidores estaduais da Saúde se reuniram, ontem à tarde, em assembleia geral, e deram um prazo para o governador Pedro Taques (PDT) cumprir as reivindicações propostas pela categoria. Entre elas, a principal seria a reposição salarial de 3,11% e adiantamento para maio de mais 7,5% de reajuste, previstos para outubro. A forma de pagamento dos 3,11% restantes (o índice inflacionário é de 6,22%) ainda seria discutida. “Estamos sendo parceiros do governo. Na semana que vem temos um congresso e queremos que o governador participe com os mais de 600 trabalhadores de várias regiões do Estado. Se não houver acordo até o dia 2 de junho, faremos uma paralisação de 24 horas e, posteriormente, discutiremos, em assembleia, a possibilidade de greve”, afirmou, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves de Arruda Junior.

Os trabalhadores também cobram melhores condições de trabalho e retirada das Organizações Sociais de Saúde (OSS) da gerência de hospitais públicos no Estado. A pauta contempla 17 itens. “A política salarial faz parte das reivindicações, mas foi só a gota d`água de um copo que já estava transbordando. A gente tem vivido uma situação de desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS), ao longo dos últimos 12 anos. As condições de trabalho para os profissionais e atendimento aos usuários têm que ser melhoradas. Além disso, estamos há 13 anos sem concurso, com OSS administrando hospitais, sendo que este modelo já foi provado que não funciona. As unidades e equipamentos estão depreciados pelo tempo e os locais de trabalho são insalubres. Falta medicamentos. O paciente não é regulado dentro do sistema, daí a justiça intervém e isso onera ainda mais a Saúde no Estado. Ou seja, é um arcabouço de opressão ao trabalhador e aos pacientes, e ainda chega o governador e diz que não tem condição de pagar reposição inflacionária prevista em lei”.

Atualmente, são 4,7 mil servidores ativos da Saúde em Mato Grosso, além de 1,7 mil aposentados. Na próxima semana, entre os dias 26 e 29, os profissionais vão discutir a saúde pública no contexto da segurança do trabalho em Mato Grosso. O governador foi convidado para participar.

Conforme Só Notícias já informou, a intenção do governo em recompor somente 3,11% de correção inflacionária sobre os subsídios na data-base de maio revoltou várias categorias no funcionalismo público. Ontem, foi definido que as aulas na Universidade do Estado de Mato Grosso, em todos os campi, serão paralisadas, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira.

O vice-presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), Luiz Jorge Basilino, disse, ao Só Notícias, que os servidores aguardam uma reunião com o governador, na segunda-feira, e ameaçam entrar em greve, caso não haja acordo. Os profissionais querem que o Estado cumpra com a reposição integral do INPC na data-base, que seria de 6,22%. “Até que ele modifique a decisão dele e implemente a totalidade das perdas, a intenção é continuar com a paralisação e indicativo de greve. Na terça-feira, uma nova assembleia está marcada para discutir o resultado da reunião com o gestor”.

A paralisação envolve mais de 1 mil servidores e afeta cerca de 15 mil alunos, em várias cidades de Mato Grosso.

Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) paralisaram as atividades ontem, também em protesto às perdas salariais. O sindicato destes servidores (Sinetran) emitiu uma nota apontando que o que está sendo imposto pelo governo é uma afronta aos direitos dos servidores públicos. A paralisação geral ocorreu tanto na sede, na capital, quanto em todas as Ciretrans do interior e também agências VIPs. Hoje, o expediente foi retomado. Uma nova assembleia geral da categoria também deve ocorrer na terça-feira (26).

O próprio governador Pedro Taques anunciou a recomposição de 3,11% para todos os servidores na última sexta-feira e os outros 3,11% até dezembro do ano deste ano. No entanto, isso não agradou a todos, já que por lei estadual o índice deveria ser de 6,22% como um todo e não parcelado. O Fórum Sindical, que engloba 27 sindicatos dos servidores estaduais, se reuniu com o secretário de Estado de Gestão, Júlio Modesto, que ficou de apresentar uma proposta na próxima segunda-feira para os sindicatos. Porém, não deu garantias de que os outros 3,11% serão concedidos de imediato.  

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