quinta-feira, 18/abril/2024
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Restos mortais de militante brasileira morta no Chile devem ser enterrados em MT

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Com o anúncio da Secretaria Nacional de Direitos Humanos confirmando que a ossada encontrada em um cemitério em Concepción no Chile é da cacerense Jane Vanini, a militante deixa oficialmente a lista dos desaparecidos políticos.
Jane foi morta em 1974 no Chile pela Ditadura de Pinochet. Vinte anos depois o governo chileno reconheceu a responsabilidade sobre a morte da brasileira, mas só agora seus restos mortais foram encontrados. O reconhecimento foi feito a partir de exames da arcada dentaria e DNA que confirmaram ser da militante.

Para a família, a notícia divulgada com destaque pela imprensa nacional é o fim de uma espera de 30 anos pelo direito de dar um destino digno aos restos mortais de Jane. A família expressa o desejo de sepultar a militante em Cáceres, cidade onde nasceu.
É também em Cáceres que o Campus da Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat recebeu o nome Jane Vanini, um reconhecimento aos ideais e luta da militante. Mas os laços entre a Unemat e Jane ultrapassam a menção da nomenclatura da unidade universitária, e envolve também a produção científica da Instituição. Em 2002, a vida política de Jane Vanini foi apresentada pela dissertação de mestrado de Maria Socorro de Souza Araújo , docente do Departamento de História da Unemat.
Em seu trabalho que teve como título “Paixões políticas em tempos revolucionários: nos caminhos da militância, o percurso de Jane Vanini”, a pesquisadora por meio das cartas escritas por Jane e que foram endereçadas aos seus familiares juntamente com entrevistas as pessoas que participaram da vida da militante no período de 1964 a 1974, retratou o período político da época.
” A partir da vida da Jane se contou um pouco da história desses países naquele momento”, comentou Maria do Socorro que enfatizou a importância de um trabalho de investigação com base no respeito e na confiabilidade entre pesquisador e as pessoas envolvidas no processo.
Sobre a dissertação que será editada em formato de livro ainda este ano, a historiadora ressaltou o respeito com que os familiares da militante trataram seu trabalho e por conseqüência o trabalho da Universidade. Já sobre a noticia do reconhecimento dos restos mortais de Jane, Maria do Socorro destacou a participação e dedicação de pessoas como Suzana Lisboa, integrante da comissão de familiares de mortos de desaparecidos políticos, e do Secretario de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, pelos 10 anos de esforços para localização e identificação das ossadas da militante no Chile.

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