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Registros de infrações de trânsito caem 45% em Mato Grosso e velocidade superior tem aumento

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A Gazeta (foto: assessoria/arquivo)

O número de infrações no trânsito em Mato Grosso caiu 45% em 2020, quando comparado a 2019. Cuiabá e Várzea Grande também registraram queda de 50% e 63%, respectivamente. Porém, apesar da redução nas infrações, os motoristas mato-grossenses continuam apressados e transitam com veículo em velocidade superior à máxima permitida em até 20%. Essa continua sendo a infração mais cometida, tanto na Capital quanto no interior do Estado. São 337.178 registros, quase 61% do total de todas as infrações – 554.505.

Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) e apontam que, no Estado, das mais de 550 mil autuações registradas, Cuiabá responde por 242.106 e Várzea Grande, por 25 mil autos. Juntas, as duas cidades concentram quase 50% do total. Especialista afirma que pandemia, decretos e fechamento de comércios impactaram diretamente nos resultados.

Ultrapassar a velocidade permitida foi a infração que cresceu 16,2%, quando comparados os números de 2020 e 2019. É considerada média pelo Código de Trânsito Brasileiro, com penalidade de multa no valor de R$ 130,16. Outras infrações praticadas pelos condutores de forma recorrente em todo Estado são avançar o sinal vermelho do semáforo eletrônico; não usar o cinto segurança e deixar de manter acesa a luz baixa do veículo nas rodovias durante o dia.

Mestre em Planejamento de Trânsito e doutor em Logística de Trânsito, professor Eldemir Oliveira afirma que durante a pandemia da covid-19 uma série de medidas incentivando o distanciamento social foi adotada. Muitas pessoas migraram para o trabalho remoto, escolas e comércio fecharam. Todo esse cenário influenciou na redução da necessidade de deslocamento. Essas e outras ações tiveram reflexo direto no trânsito, na quantidade de veículos circulando pelas cidades e rodovias.

O professor destaca ainda que a infração de transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20% lidera o ranking de mais registradas há algum tempo e, na pandemia, isso não foi diferente. Ele avalia que com um trânsito “menos pesado”, muitos aproveitaram para “acelerar”. Outro ponto que pode ter contribuído é a questão psicológica, uma vez que, por causa das preocupações e consequências em diversas áreas que a pandemia trouxe, muitas pessoas podem ter deixado de se atentar para os radares.

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