O delegado da Polícia Federal Renato Sayão afirmou nesta terça-feira que os controladores de vôo de Manaus não tiveram responsabilidade no acidente entre um jato Legacy e um avião da GOL, que matou 154 pessoas em setembro, na floresta da reserva indígena Jarinã, em Peixoto de Azevedo. A informação é da TV Amazonas. Sayão interrogou três sargentos da Aeronáutica, sendo que um deles monitorou o tráfego aéreo no dia da colisão.
Segundo o delegado, quando os controladores receberam as informações sobre o problema com o Boeing e o jato, que voavam na mesma altitude, já não havia tempo hábil para reverter a situação. O acidente aconteceu cerca de dois minutos após a torre de Manaus ser acionada.
Sayão reforçou que o fato de o transponder do Legacy estar desligado foi decisivo para o choque entre as duas aeronaves. O policial vai pedir à Justiça, pela segunda vez, a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito.
Além dos controladores de Manaus, já foram ouvidos os de São José dos Campos (SP), de onde partiu o Legacy, e os de Brasília, que monitoraram o jato até o momento do choque com o Boeing da GOL. Nos próximos dias, peritos da Polícia Federal chegam a Manaus para inspecionar os equipamentos do Cindacta 4.