sexta-feira, 26/abril/2024
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Promotoria de Sinop investiga denúncia de tortura em presídio

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O Ministério Público de Sinop está investigando a denúncia de tortura e espancamento de presos ocorrida no presídio Ferrugem, no último dia 18. Só Notícias apurou que um documento foi entregue ao promotor Marcos Bulhões, nesta quarta-feira, relatando supostos fatos novos. Os denunciantes seriam agentes prisionais revoltados com a situação. “O abuso físico já está sendo apurado. Nós submetemos todos os presos a exame de corpo de delito e estamos aguardando o resultado desses exames para juntar ao processo. Já ouvimos as declarações de alguns parentes de presos e vamos continuar ouvindo as pessoas envolvidas, que julgarmos necessário”, disse o promotor ao Só Notícias.

A denúncia envolve um tenente da Polícia Militar e um soldado. De acordo com a denúncia, na revista, os presos são colocados sentados com as mãos na nuca e a cabeça baixa, de frente para a parede e de costas para os policiais. Alguns acabam sendo espancados. Haveria agressões nas solas dos pés e nádegas com o cacetete”, prossegue a denúncia. Sobre a falta de provas, os denunciantes afirmam que as provas “somem. As visitas são suspensas para ninguém saber do ocorrido, enquanto os sinais do espancamento desaparecem”.

O que aconteceu no dia 18, segundo o relato, foi a última prova da tortura. Um preso teria sido espancado, levado para o Pronto Atendimento, perdido um rim e teria sido visitado no hospital pelos militares e ameaçado de morte caso contasse alguma coisa.

Segundo a denúncia, não houve princípio de rebelião, como o tenente teria afirmado na televisão. Eles frisam ainda, que no pessoal do raio vermelho, onde ficam os presos de alta periculosidade, os policiais nunca bateram em ninguém. “Muitos presos machucados são escondidos no isolamento, na triagem ou nocamburão, durante as visitas do Ministério Público.

Ainda foram destacadas questões como nepotismo. “Nunca vimos tantos casais trabalhando juntos no mesmo serviço. Ao que se sabe, há 6 casais de uma mesma família”, citam. A falta de remédios também foi denunciada. “Não tem remédios básicos como antibióticos, coquetel para HIV, pressão arterial, nada. A família até quer comprar os remédios mas a direção não deixa entrar e o Estado não tem condições de manter os presos”. E o relatório termina citando a contaminação de uma agente prisional por tuberculose, recentemente.

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