A promotora Vivian Thomaz Illity denunciou hoje, para a polícia de Sinop, que foi barrada e desrespeitada por um segurança da agência central do Banco Brasil. Por volta das 11:00hs, a promotora foi à agência pagar uma conta. Deixou na caixa de objetos, na porta de entrada, as chaves de seu carro, de seu gabinete e telefone celular. Levou a bolsa consigo e, ao tentar passar na porta giratória, soou o alerta. Retornou, vasculhou a bolsa para ver se havia algum objeto de metal e não tinha. Tentou passar por mais duas vezes e, novamente, o alerta tocou e a porta permaneceu travada. Vivian disse ao Só Notícias que identificou-se ao segurança e mostrou sua credencial de promotora. Ele a questionou sobre o que tinha na bolsa. Depois de ficar vários minutos argumentando com o segurança, ela explicou que tinha apenas um estojo de maquiagem e disse que “não iria assaltar o banco”. O segurança, segundo a promotora, respondeu irônicamente: “Nunca se sabe”. Vivian sentiu-se desrespeitada e humilhada com a atitude, presenciada por outros clientes. Sua irmã, que também é promotora (em Lucas do Rio Verde) e estava no interior da agência e foi conversar com uma mulher que também faz a segurança. “Ela também foi grosseira com minha irmã, chegando a dizer que ficasse quieta. Ambos os seguranças demonstraram total despreparo para com os clientes”, atacou. “Eu não estava com minha arma. Não usei de minhas prerrogativas. Ele sabia que estava diante de uma autoridade e mesmo assim insistiu em agir de forma descortez e grosseira”, afirmou a promotora.
A Polícia Militar foi chamada e foi até a agência onde a promotora denunciou os seguranças e registrou ocorrência. “Isso é uma vergonha, um despreparo. Imaginem o que não fazem com um cidadão humilde que mal conhece seus direitos”, acrescentou a promotora, que está em Sinop há 6 anos e meio, mesmo período que mantém conta nesta agência. “O banco está com uma empresa que tem funcionários despreparados para atender o público”, emendou.
A promotora disse ainda ao Só Notícias que, por enquanto, não definiu se entrará com ação de danos morais contra o banco. O circuito interno da agência bancária pode ter registrado as imagens.
A Delegada Regional de Sinop, Fatima Moggi, registrou ocorrência e deve intimar os dois seguranças acusados. “Está sendo instaurado o inquérito policial e eles devem responder processo por constrangimento ilegal. Só um cego que não viria que a promotora não estava armada. Ela abriu a bolsa, até o estojo de maquiagem. É um absurdo o que fizeram com a promotora. Já imaginou a vergonha, o constrangimento que ela passou. Ela poderia até entrar armada na agência, mas estava desarmada e provou isso. É um constragimento e o banco também pode responder processo apesar dos dois acusados serem de uma empresa particular que presta serviços”, afirmou.
Outro lado
Só Notícias tentou, por duas vezes, ouvir a gerência do Banco do Brasil -agência central- de Sinop. A informação é que o gerente estaria viajando. Na primeira ligação a atendente disse que o substituto dele “estava em uma ligação”. Na segunda, um funcionário disse que a superintendência iria se pronunciar, o que até o fechamento desta reportagem não ocorreu.