Um professor da rede publica estadual morreu com uma facada após tentar explodir o prédio da prefeitura de Araputanga (310 quilômetros de Cuiabá). O fato aconteceu na noite da última quinta-feira. Inconsolado por ter sido demitido do cargo de assessor pedagógico, no final de 2005, José Rodrigues de Lima, planejou explodir a prefeitura usando bombas de fabricação caseira e botijões de gás.
Ex-militar do exército ele detonaria o prédio usando uma corda de juta embebida de gasolina, ligando os botijões de gás a um tambor com gasolina.
Segundo a polícia, ao tentar entrar no prédio, armado com uma faca, o professor entrou em luta corporal com o guarda e morto com a própria faca, com um golpe fatal a altura do pescoço. A lâmina cortou a sua jugular. A morte foi instantânea. “Ele estava enfurecido. Era matar ou morrer”, justificou o guarda ao seu superior antes de deixar o local e só apresentar depois de 24h à polícia, se livrando do flagrante.
A polícia encontrou próximo ao prédio da prefeitura, um Saveiro, que seria usada pelo professor na detonação. Dentro do veículo foi encontrada uma grade de garrafas de cerveja, cada garrafa recheada de bombas de fabricação caseira, dois boticões de gás, já armados para explodir, além de duas caixas de morteiros. Policiais afirmam que se o plano fosse executado, a destruição seria grande. O prédio da prefeitura é rodeado por comércios e casas residenciais.
A explosão seria um protesto pela demissão. O professor foi assessor pedagógico do município, cargo de confiança do qual foi exonerado. A demissão teria provocado uma depressão. José Rodrigues havia abandonado a família a esposa e dois filhos. Ele também era ministro da Igreja Católica e filho de família antiga do município. O sepultamento ocorreu no final de semana.no cemitério da cidade