A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (5), em Rondônia, um procurador federal, que atuava no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um assessor jurídico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sedam), um advogado e empresários madeireiros, acusados de exploração ilegal de madeira.
As prisões fazem parte da Operação Savana, iniciada pela Superintendência da PF no estado depois de nove meses de investigações. Os 160 policiais do Acre, do Amazonas, de Mato Grosso e de Rondônia cumprem dez mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal.
As investigações identificaram quatro grupos criminosos, que agiam para conseguir dinheiro de forma ilícita, por meio da exploração de madeira. Um dos grupos atuava dentro da Sedam. Servidores da secretaria expediam licenças ambientais indevidas, pelo sistema informatizado. Além disso, um assessor jurídico diminuía o valor de multas aplicadas pela fiscalização, por meio da emissão de pareceres acertados previamente.
As ações possibilitavam o envio de madeira extraída de forma ilegal para outros estados, por meio da compra e venda de notas frias e guias florestais adulteradas.
Outro grupo atuava na Superintendência do Ibama em Porto Velho (RO). O procurador federal em exercício possibilitava a liberação de empresas lacradas, a diminuição dos valores de multas e a desconstituição de autos de infração lavrados pela fiscalização.
A Polícia Federal não divulgou os nomes das pessoas detidas. Segundo nota da PF, a operação foi batizada de Savana por conta da possibilidade de a região se transformar em uma savana, caso o desmatamento não seja contido.