O Procon Estadual realiza uma série de fiscalizações em hotéis, pousadas, bares, restaurantes e casas noturnas de Cuiabá, Várzea Grande e municípios do interior. As ações, que iniciaram em janeiro, tem o objetivo de verificar a adequação dos estabelecimentos às normas de proteção e defesa do consumidor e monitorar preços para evitar abusos, tendo em vista a realização da Copa do Mundo.
A fiscalização, explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, é executada em duas etapas, sendo uma preventiva e a outra repressiva. Na fiscalização preventiva, os fiscais visitam os estabelecimentos e verificam se eles seguem o que é determinado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nessa etapa, os fornecedores também recebem orientações e podem esclarecer dúvidas. Ao encontrarem irregularidades, os fiscais fixam um prazo de 30 dias para adequação. A fiscalização repressiva é o retorno da equipe ao estabelecimento para verificar se eles fizeram as adequações solicitadas. Se as irregularidades persistirem, o estabelecimento é autuado e multado.
Conforme o gerente de Fiscalização do órgão, Ivo Vinícius Firmo, até esta terça-feira (3), as equipes do Procon concluíram as ações de fiscalização orientativas e repressivas em Nobres, Cáceres e Poconé, onde realizaram cerca de 70 vistorias. Em Chapada dos Guimarães já foram feitas 90 diligências e a previsão de encerramento das fiscalizações é sexta-feira (6).
Em Cuiabá e Várzea Grande, conforme o gerente, as equipes do Procon Estadual executaram 91 ações de fiscalização em 'hotéis e pousadas' e 240 ações em 'bares, restaurantes e casas noturnas'. As vistorias serão intensificadas até o dia 11 de junho e prosseguem durante todo o período de realização do Mundial.
No segmento 'bares, restaurantes e casas noturnas', a principal irregularidade encontrada foi a falta de tabela de preço na parte externa dos restaurantes. Também foram constatadas inadequações quanto à permissão de fumo, falta de cardápio em braile e dos informativos obrigatórios (como telefone e endereço do Procon e o cartaz de proibição de fumar, por exemplo). “Em Mato Grosso, a Legislação Estadual proíbe o fumo em ambientes públicos e privados de uso coletivo. Os 'fumódromos' também são proibidos”, alerta Ivo Firmo.
No que se refere aos hotéis e pousadas, a principal irregularidade constatada foi a ausência de tabela de preços de diárias. O Procon também verificou a existência de cartazes e informativos que induzem o consumidor ao erro sobre a responsabilidade do fornecedor (como placas com dizeres de que o estabelecimento não se responsabiliza por objetos deixados em estacionamentos ou em quartos) e comercialização de produtos vencidos.