O presidente do Tribunal Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, divulgou nota, apontando ser precipitada e “extemporânea a decisão do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat) em deflagrar greve geral [nesta segunda-feira] no decorrer de uma negociação”. Ele destacou que “em que pese nossas limitações orçamentárias para o exercício de 2013, determinamos estudos de impacto na folha de pagamento, visando a possibilidade de contemplar as reivindicações, que se amoldem dentro da Lei”.
Ele frisou que essa “precipitação [da greve] punirá indevidamente e tão somente o jurisdicionado e o cidadão”. Lembrou que “embora esteja há pouco mais de dois meses no comando desta Corte, tem realizado constantes reuniões com membros das entidades representativas dos servidores, demonstrando de forma inequívoca a disposição em manter diálogo permanente e fazer uma gestão pautada na transparência”.
Conforme Só Notícias já informou, o movimento grevista é pela falta de avanços nas negociações referente a reajuste salarial e progressões, verticais e horizontais, na carreira. O sindicato encaminhou, na semana passada, uma contra-proposta ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador, Orlando de Almeida Perri. Os servidores querem aumento no auxílio-alimentação, de R$ 315 para R$ 900, com início de pagamento em junho. Já o TJ ofereceu o aumento real de 30%, esse mês.
Sobre a progressão funcional vertical, os servidores apontam que a avaliação de cada servidor, deve ser feita ainda este ano, com a participação efetiva do sindicato e implementação em janeiro do próximo ano. O TJ propôs realizar as avaliações em três anos (2013, 2014 e 2015).
Sinop é a cidade no Nortão com maior número de funcionários na justiça estadual. São aproximadamente 100. Eles devem aderir a greve estadual, prevista para iniciar na segunda-feira. No próximo dia 16, uma passeata deve acontecer na capital, como forma de mobilizar e chamar a atenção para a categoria. Em Mato Grosso, são cerca de 5,5 mil servidores.