quinta-feira, 2/maio/2024
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Presidente da OAB critica “convivência pacífica com a corrupção”

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, fez duras críticas a convivência pacífica do povo brasileiro com a corrupção que tomou conta do Brasil. Foi durante a inauguração, sexta-feira à noite, do complexo da Justiça do Trabalho, que agora passa a funcionar integralmente na Avenida Rubens de Mendonça. “Hoje, infelizmente, o que deveria ser uma regra básica da convivência administrativa no Brasil se transformou numa exceção. Uma obra não superfaturada virou motivos de muitos elogios” – disse, ao discursar na solenidade.

Francisco Faiad lembrou que o Brasil vem sendo dilapidado em suas riquezas desde a época do descobrimento. “Do pau Brasil ao “mensalão”, passando pelos “anões do Orçamento”, PC Farias e Collor de Mello e tantos outros corruptos da nossa nação, uns conhecidos, outros não conhecidos, uns execrados, outros agindo até o momento nos porões da roubalheira” – salientou, ao conclamar a sociedade para deixar de lado as reflexões e começar a agir de verdade.

Na sexta-feira, Faiad emitiu apoio a proposta lançada pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Roberto Busato, sobre a necessidade de se convocar uma nova Assembléia Nacional Constituinte. “O momento é sério. O “mar de lama” tomou conta de praticamente todas as nossas instituições. Temos que repensar o Brasil, fazendo esta nação para os brasileiros como um todo e não apenas para alguns mensaleiros” – ele citou.

Ainda durante o seu discurso, o presidente da OAB de Mato Grosso informou que o 1º Congresso Mato-grossense de Direitos Social, promovido pela entidade, com a presença de diversas autoridades no assunto pretende colocar no epicentro dos debates a questão dos efeitos da corrupção para cada setor. Durante três dias serão discutidos relações trabalhistas, previdência social, criança e adolescente, idoso, povos indígenas, portadores de deficiência, segurança pública e reforma agrária. “Tentaremos mensurar o que a corrupção provocou de danos, tais como a fome e a miséria, nesses segmentos”.

Faiad destacou que acompanhou de perto cada etapa das obras do Complexo da Justiça do Trabalho e considerou a aplicação dos recursos exemplar. O metro quadrado da obra do TRT, ao contrário da similar de São Paulo que custou a prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto, foi motivo de aplausos por parte do Tribunal de Contas da União. “Estamos diante de uma obra grandiosa pela sua finalidade, mas também exemplar pela qualidade do serviço e também pelo seu custo” – ele frisou.

O presidente da OAB de Mato Grosso destacou que a Justiça não pode ser mensurada unicamente pelo valor pecuniário, mas na qualidade dos litigantes, na certeza do bom direito e na estabilidade das relações sociais, que só pode ser alcançada através de um Judiciário forte em propósitos, firme nas convicções e independente do Poder Central. “Sem dúvida a Justiça do Trabalho é a mais próxima do cidadão” – disse, acentuando, porém, na necessidade de correções, citando, entre outras, a “corrente famigerada” que defende a exclusão do advogados dos tribunais.

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