A prefeitura de Sinop divulgou nota, há pouco, expondo que confirmando a “alta demanda da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que hoje possui mais de 50 pacientes internados aguardando vagas para internação ou cirurgias em hospitais do Governo do Estado, sendo que a UPA enquadra-se em uma Unidade para ‘estabilização de pacientes’ e, não para ‘internações ou procedimentos de alta complexidade’, estes últimos de responsabilidade do governo. A prefeitura deixa claro que as possibilidades técnicas e orçamentárias do município são limitadas e, ainda que não esteja medindo esforços para atender aos pacientes que ‘batem à porta da UPA ’, em razão da superlotação de sua estrutura, o município fará nova notificação ao governo do Estado e ao Hospital Regional de Sinop para que cumpram com seu dever legal, recebendo os pacientes, vez que, diante das dificuldades, já é ultrapassada a hora do governo do Estado cumprir com seu papel de atendimento dos pacientes e auxílio ao município”.
“Não bastasse todo o esforço administrativo que Sinop promove diariamente, com gasto de recursos financeiros em situações que são de obrigação do hospital regional, ainda assim o governo está em atraso nos repasses obrigatórios, sendo que em janeiro de 2018, o município já propôs ação judicial contra o Governo do Estado, objetivando cobrar um passivo de repasses atrasados desde 2015, que somam mais de R$ 3,6 milhões”, aponta. “Nas diversas incursões, conversas e reuniões surgidas em razão do número elevado de pacientes internados na UPA, o município tomou ciência da existência de leitos disponíveis no Hospital Regional de Sinop, sendo que, em razão disso, se propôs inclusive a custear a internação e os medicamentos desses pacientes, bastando ao hospital disponibilizar o espaço físico (o leito) para acondicionar com dignidade o usuário, mas até o momento não houve sinalização positiva”, acrescenta.
A nota prossegue lembrado que, “diante da delicada situação com o atendimento aos pacientes e pela preocupação do município com a garantia mínima de dignidade, a prefeitura vem, “desde 2017 tem mantido diálogo com a diretoria do hospital regional, bem como com os representantes do Escritório Regional de Saúde, na busca de solução da problemática no atendimento de pacientes que precisam ser “recebidos pelo hospital regional. Buscando amenizar as urgências, ao longo dos dois últimos anos o município buscou estruturar-se, a exemplo, equipou a UPA, aumentou o número de equipes de atendimento e tem realizado compra de medicamentos, em razão da demanda de pacientes que são de responsabilidade do Governo Estado, porém permanecem internados na UPA”.
O executivo municipal acrescenta que, “além da estrutura interna, o município vem promovendo empréstimos sucessivos de materiais e o fornecimento de medicamentos ao hospital regional. Sendo que, em alguns casos, o hospital condicionou o recebimento de pacientes somente se o município enviasse também a medicação que seria ministrada. Todas as despesas sendo arcadas unicamente pelo município, porém de responsabilidade e obrigação do governo. Também subsidiou com recursos próprios o transporte de inúmeros pacientes já internados no hospital regional, mas que necessitavam de atendimento específico em Cuiabá (procedimento de cateterismo). Com isso, buscando a ‘abertura’ de vagas hospitalares para recebimento dos pacientes que viriam da UPA”.