Está marcada para a próxima terça-feira (5) a primeira audiência do processo que pede a cassação do prefeito de Jaciara, Ademir Gaspar de Lima (PT). Ele foi acusado por compra de votos em uma ação movida pelo Ministério Público Estadual (MP) em dezembro do ano passado.
Além dele, são acusados o ex-prefeito, Max Joel Russi (PR), a suplente de vereador, Mari Rose de Oliveira Silva (PMDB), seu esposo, Abiezer Ferreira da Silva, que atuou como um dos coordenadores da campanha de Ademir e o bacharel em Direito, Hilário Amaral Neto.
Na ação, proposta pelo então promotor de Justiça no município, Reinaldo Antônio Vessani Filho, eles são acusados de terem realizado incontáveis promessas a eleitores, “quanto ao fornecimento de bens e serviços públicos como doação de cestas básicas, materiais de construção, casas em projetos governamentais, exames médicos e cirurgias”.
Transferido para Rondonópolis, o promotor integra o rol de testemunhas do caso. Na véspera da eleição, Silva e Mari Rose chegaram a ser presos em flagrante por ele, portando santinhos do candidato com a quantia de R$ 30 grampeados em cada um deles, além de duas agendas com relação de cabos eleitorais.
Na época, o prefeito declarou que a situação era fruto de artimanha de grupos adversários na tentativa de desestabilizar o resultado do pleito. O petista foi eleito com 38,89% dos votos válidos.
Como não alcançou mais da metade, caso ele seja cassado, quem assume a prefeitura de Jaciara é o segundo colocado nas eleições, Leopoldo Rodrigues de Mendonça (PSDB), que teve 32,68% dos votos.
Além de Jaciara, outros municípios vivem situação de instabilidade em relação às eleições. Em Juara, como o candidato Oscar Bezerra (PSB), que obteve mais de 50% dos votos, concorreu sub judice, quem assumiu o comando do município foi o presidente da câmara, Lourival de Souza Rocha, o “Lorão da Macarena” (PSD). Já em Chapada dos Guimarães, onde o eleito também concorreu com candidatura indeferida, quem assumiu o cargo foi o segundo colocado, José de Souza Neves (PSDB).