PUBLICIDADE

Policial que deixou jovem paraplégica em Sinop vai a júri popular

PUBLICIDADE

O policial rodoviário federal Carlos Roberto Gonçalves, 37, deve ir a júri popular, em Sinop. Ele disparou mais de 10 tiros em uma danceteria, no centro da cidade, no dia 14 de março, que acabaram atingindo três pessoas – Adriano Ferreira Viana, que levou um tiro nas nádegas, Adriana Alexandra Silva e a jovem Adriana Esser, que foi alvejada na coluna e perdeu o movimento nas pernas.

Segundo a promotora Januária Dorilêo Bulhões, Carlos foi indiciado por tentativa de homicídio e ainda devem ser ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. De acordo com a 1ª Vara Criminal da Comarca de Sinop, o policial está preso em Cuiabá. Ele foi interrogado pelo juiz João Manoel Guerra, no último dia 16.

Em seu depoimento, conforme o Tribunal da Justiça, o policial teria dito que não conhecia as vítimas e não se recorda de ter efetuado os disparos com a pistola 0.40, que é de uso exclusivo da polícia. Ele também teria dito que não levou a arma quando saiu de casa e que nunca andava armado fora de serviço. A arma utilizada por Carlos não foi localizada pela polícia.

O policial também teria alegado que só recuperou seus sentidos no outro dia, quando já estava sendo transferido do Pronto Atendimento (PA) de Sinop para um Hospital em Sorriso, já que, após efetuar os disparos, ele foi espancado por um grupo de jovens, nas proximidades, e teve ferimentos na cabeça.

A defesa do policial também fez o pedido de liberdade provisória, mas foi negado. O Ministério Público emitiu parecer desfavorável. O motivo alegado é que “as provas já existentes no bojo processual demonstram claramente a materialidade do delito, e por outro lado, dão conta, extreme de dúvidas, ser ele o autor do fato, que diga-se de passagem, é gravíssimo, pois o indivíduo que adentra um estabelecimento noturno lotado de jovens, e passa a desferir vários tiros a esmo demonstra, na melhor das hipóteses, ser pessoa desequilibrada, irascível e inconseqüente, e portanto, a princípio, perigoso ao convívio social, devendo ser mantido no cárcere, ao menos até que se tenha um melhor juízo de valor a respeito”.

A próxima audiência do caso está marcada para o dia 26 de junho, com testemunhas.

Outro lado
Só Notícias entrou em contato com o escritório do advogado de defesa do policial, em Cuiabá, mas a reportagem não foi atendida.

Notícia anterior
Próxima notícia
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE