A Polícia Civil confirmou, esta manhã, que foram 442 quilos de cocaína encontrados, ontem, em um avião monomotor Embraer Sertanejo, que fez pouso forçado na plantação de soja, em uma fazenda em Conquista D’oeste (538 quilômetros de Cuiabá), foram incinerados hoje. Uma fonte policial informou, ao Só Notícias, que a previsão é que a droga seja incendiada em uma olaria, em Pontes e Lacerda. Inicialmente, a polícia estimava que seriam 420 kg e, após retirar toda a droga da aeronave e pesá-la, foram confirmados 442kg, avaliados em R$ 10 milhões, de acordo com a polícia.
Inicialmente foi cogitado que a droga seria encaminhada para a sede da Polícia Federal em Cáceres, mas a assessoria da superintendência informou hoje, ao Só Notícias, que a PF foi informada e a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil.
O copiloto, preso ontem, tem 57 anos e havia sido preso, em 2013, em Colíder (160 km de Sinop) pela Polícia Federal, com avião que teria drogas. Ele estava em prisão domiciliar e a Polícia Civil também descobriu que o dono da aeronave é da Cuiabá e prestou esclarecimentos nesta 5ª feira. O Midia Nes informou que é um advogado que apresentou contrato que vendeu a aeronave mas a documentação não foi transferida. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado.
O avião pousou na propriedade para abastecer e, ao tentar decolar, apresentou problemas mecânicos e parou no meio da plantação de soja. "Abasteceram o avião e na hora de decolar deu uma pane. O avião aterrissou de ‘barriga’ na soja, depois de levantar voo. Está com avarias na asa esquerda”, disse o delegado regional de Pontes e Lacerda, Vitor Chab Domingues, através da assessoria.
Conforme o delegado, o piloto do avião fugiu levando o GPS, para dificultar a identificação da rota. No entanto, deixou a chave na ignição. “Vamos levantar informações da rota, que segundo informou o preso, teria saído do município de Bela Vista, em Mato Grosso do Sul, com destino a uma fazenda nas proximidades de Cáceres”, disse o delegado que desconfia da versão, já que Mato Grosso do Sul não é não produtor de cocaína.
A aeronave ainda está na fazenda e uma equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) vai retirá-la, fazer reparos e levá-la para o hangar da Segurança Pública, no aeroporto Marechal Cândido Rondon, em Várzea Grande.
(Atualizada às 17:21h)
