Uma intensa corrente de oração acompanhou a última hora de vida do papa João Paulo II, segundo revelou o porta-voz do Vaticano e amigo particular do pontífice, Joaquín Navarro-Valls. Resignado com seu estado de saúde, sua última palavra antes da morte foi “Amém” (que significa “assim seja”). Estavam presentes com o pontífice em seu quarto do terceiro andar do Palácio Apostólico do Vaticano apenas alguns colaboradores muito próximos, considerados quase de sua família.
Uma última missa foi celebrada no quarto do pontífice minutos antes de sua morte. “Por volta das 20h (15h em Brasília), os monsenhores Stanislao Mietek e Stanislaw Rylko, além do cardeal Marian Jaworski, conduziram a reza”, revelou Navarro-Valls.
Ao fim da prece, o Papa teria recebido novamente a “unção dos enfermos” (antes conhecida como extrema-unção) dando a mão a don Stanislao Dziwiz, seu fiel secretário que o acompanhou por 40 anos.
Instantes depois, próximo à janela que foi vigiada por milhares de pessoas nos últimos dias, o Papa balbuciou e, levantando uma das mãos, como se abençoasse a multidão na Praça São Pedro, sentenciou: “Amém”. Faleceu segundos depois.
“O Santo Pai morreu rezando abaixo à janela e este é o nosso entendimento de que ele estava consciente”, afirmou o padre Jarek Cielecki, diretor do Serviço de Notícias do Vaticano.