sexta-feira, 19/abril/2024
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Operação Quimera invade residência de ex-presidente do Tribunal de Justiça

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O desembargador aposentado José Vidal, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, teve sua residência invadida por policiais que participaram da “Operação Quimera”, realizada no dia 21 passado, com a finalidade de cumprir mandados de prisões e buscas e apreensões de envolvidos em crime contra a ordem tributária em Mato Grosso. O ex-magistrado, em nota divulgada nesta terça-feira, fez duras críticas ao comportamento do próprio Poder Judiciário por ter emitido mandados de prisões sem a devida qualificação e denunciou o equívoco na ação policial que podem tornar nulas as prisões.

José Vidal relatou que sua residência foi invadida por cinco policiais militares, fortemente armados. “Um postou-se na portaria do edifício, dois em frente aos elevadores e o tenente Roque e seu companheiro entraram no apartamento” – explicou. De acordo com Vidal, os policiais buscavam outro José Vidal, morador da Rua Varsóvia, nº 01, Jardim Tropical, da Alca Pregos e Parafusos.

“Não o encontrando, foram atrás de outro José Vidal, um cidadão respeitável, 74 anos de idade, portador de câncer, desembargador aposentado, pai de sete filhos, ex-seminarista salesiano, ex-professor, ex-presidente do TJ-MT e do TRE/MT, advogado e escritor. Este é o verdadeiro José Vidal, que serviria para saciar a fome de sensacionalismo do GAECO” – criticou o ex-desembargador na nota.

Na nota, Vidal foi duro ao criticar a “Operação Quimera”. Depois de destacar aspectos da mitologia, Vidal observou que hoje, “quimera tem o significado de utopia, coisa irreal, inexistente”. Em sua avaliação, os inventores da operação tiveram a intenção de juntar a Polícia, o Ministério Público e o Judiciário para montar o monstro. “Fizeram um trabalho digno de aplausos, mas foram precipitados. Deixaram escapar um criminoso e jogaram lama num homem de bem!” – frisou.

Segundo José Vidal, dos responsáveis pela operação quem teve o papel mais infeliz foi quem decretou as prisões, no caso, a juíza Maria Rosi de Almeida Borba, da 8ª Vara Criminal. “Além da falta de bom-senso, atropelou o Provimento da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que determina não se decretarem prisões de pessoas não qualificadas no inquérito. Além de não entregar o mandado ao oficial de justiça, funcionário que tem o múnus de cumpri-lo. Os mandados foram parar nas mãos dos policiais” – acentuou Vidal.

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