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Ong faz “vaquinha” para trazer elefantas para santuário em Mato Grosso

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A entidade não-governamental Santuário de Elefantes Brasil abriu uma campanha no site “Vakinha”, especializado on-line em arrecadações em prol de causas. A intenção é trazer com o dinheiro as elefantas asiáticas, Maia e Guida, já em setembro, ao Santuário de Elefantes, na cidade de Chapada dos Guimarães, do qual serão as primeiras "moradoras". O dinheiro será usado também em adequações da fazenda para recebê-las.

A presidente da entidade, Junia Machado, informa que o custo calculado por cada quilômetro, de uma fazenda em Minas, onde elas estão, até a Chapada, é R$ 56. "Estamos tendo muito apoio e quem puder ajudar, agradecemos muito".

O Santuário da Chapada vai acolher animais explorados em circos, zoológicos e de outras formas e que, após perderem a juventude, sofrem negligência.

Junia explica que o estado de saúde de Guida exige mais cuidados. “Quando visitamos a fazenda onde elas estão, vimos que há um crescimento das unhas da Guida. Então, ao invés de apoiar as almofadas das patas no chão, ela apoia com as unhas que empurram os ossos e isso causa dor. Há também indícios de infecção e desconforto abdominal além de possível problema de mastigação. Está magra que dá para ver a espinha, já Maia aparentemente não apresenta nenhum desconforto, mas as duas serão avaliadas por médico veterinário, quando chegarem e só assim teremos o diagnóstico de ambas”.

Com o dinheiro da campanha serão pagas duas carretas com contêineres acoplados, caixas metálicas, sistema de monitoramento de câmara, sistema de água e hospedagem da equipe na viagem de 1600 quilômetros.

Além de no Brasil – onde via Vakinha já foram arrecadados R$ 7,2 mil, em seis dias, dos R$ 90 solicitados -está correndo também uma ação solidária nos Estados Unidos.

“Se sobrar dinheiro já vamos comprar novos tubos de aço de petróleo comprados da Petrobras por uma empresa de Macaé que nos revende, para cercas super resistentes”, explica Junia.

No Santuário da Chapada, já estão prontos esperando Maia e Guida um centro médico e dois currais pequenos.

A terceira moradora será Ramba, que está provisoriamente em um safári no Chile, sendo atendida por duas tratadoras pagas pela Santuário Elefantes Brasil.

Após serem acomodadas as três, vão sobrar mais outras três vagas, que devem ser ocupadas por outros elefantes também asiáticos, porque eles não podem ser misturados aos africanos.

“Têm hábitos diferentes”, ressalta Junia. “Os africanos gostam de brincar chacoalhando a cabeça e batendo o marfim e os asiáticos ficam com medo disso, então têm costumes diferentes, inclusive de alimentação”

Na fazenda, os animais terão 1.100 hectares de terra, onde há rios, floresta e biodiversidade. Um paraíso natural para passar o resto de uma vida, após anos de maus tratos.

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