As obras que compreendem a Trincheira Santa Rosa, na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, prometida para melhorar a mobilidade urbana para a Copa do Mundo 2014, seguem sem data para conclusão e podem ficar para 2016. De acordo com a Secretaria de Estado de Cidades (Secid), algumas questões judiciais e a falta de planejamento financeiro da gestão passada acabaram travando o andamento da obra. Mesmo iniciada em 2012, a obra ainda precisa de acabamentos e correções.
De acordo com o secretário Eduardo Chilleto, os atrasos agora estão relacionados à empresa gerenciadora da obra. Ele explica que a empresa que vai gerenciar a obra apresentou problemas com as certidões o que atrasou a retomada dos trabalhos. Quando a empresa conseguiu judicialmente uma decisão de que poderia retomar as obras sem as certidões, o Tribunal de Contas do Estado determinou o não pagamento e a obra segue parada.
Agora, segundo ele, o Estado precisa mostrar ao TCE que caso a empresa não inicie os trabalhos o prejuízo pode ser maior. “É uma questão jurídica e estamos tentando mostrar que ela precisa voltar. Se ela volta, a obra segue, caso não, teremos que licitar uma nova supervisora para o projeto, o que demora pelo menos uns três meses”. Com esse imbróglio o estado terá que repactuar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que garantiu a continuidade da obra.
A trincheira é resultado de um convênio entre o governo de Mato Grosso e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O valor é superior a R$ 27,8 milhões e até 88,3% foram concluídos. Relatórios divulgados pelo Governo, resultantes de auditorias, apontam que a trincheira continua motivo de preocupação. Foram encontrados diversos erros, que precisam ser monitorados e medidas de retenção devem ser adotadas para que a obra dure até 100 anos. Em fevereiro, parte da calçada cedeu devido a escavações irregulares. Diante disso, a empresa Camargo Campos também se comprometeu em assumir os reparos na área privada, já que está próxima à obra.
