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OAB faz ato de desagravo em Sinop e juiz nega acusações

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A Ordem dos Advogados do Brasil  Mato Grosso realizou ato público de desagravo ao juiz Paulo Martini, da primeira vara cível da Comarca de Sinop. “Após uma reunião na sede da subseção em Sinop, com o corregedor desembargador Márcio Vidal, em que os advogados de Sinop relatavam fatos graves em relação a conduta do magistrado, a presidente [Soraide Castro] simplesmente recebeu um bilhete, em tom irônico, desejando paz e segurança para ela e para família e, imediatamente ficou bastante assustada, porque, em pleno regime democrático, receber um bilhete sarcástico, ameaçador como este é lamentável”, explicou o presidente da Ordem no Estado, Cláudio Stábile.

O ato ocorreu na sexta-feira, no final da tarde, em frente ao fórum sinopense. O pedido de providência e a nota de desagravo foram lidos aos advogados presentes pelo presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas dos Advogados (TDP), João Batista Cavalcante da Silva. “Em determinados casos a gente percebe que há uma ofensa por causa do calor do debate e, outra, a gente vê que é índole da autoridade e quando a gente percebe que é uma prática costumeira, nós entramos com outas medidas cíveis, criminais, indenizatórias, representações nas corregedorias e no Conselho Nacional de Justiça e, nesse caso, vamos adotar todas as medidas”, explicou.

De acordo João, vários outros desagravos foram realizados no Estado durante o ano e, em Sinop, não é o primeiro caso. “Já teve outros desagravos aqui. Houve um há quatro ou cinco anos, na gestão passada”, disse Cavalcante.

Durante o ato, Soraide se mostrou emocionada. Disse que o conteúdo do bilhete enviado pelo juiz correspondeu em “um tom de ameaça para que eu parasse de atuar enquanto presidente da OAB, da forma que vínhamos atuando”, destacou. “É um sentimento de que não estamos sozinhos, que a OAB é uma instituição forte, que os advogados de Sinop compareceram, apoiaram a nossa atitude e que demostra que estamos no caminho certo”, disse, referindo-se ao desagravo.

Advogados de Sinop, representantes de outras subseções como Nova Mutum, Colíder, Lucas do Rio Verde e Diamantino, alguns acadêmicos de direito, representantes da OAB estadual e do TDP também participaram do ato.

A assessoria da OAB Mato Grosso informou que também estava previsto mais um ato de desagravo contra outro magistrado sinopense. No entanto, foi suspenso a pedido do advogado que teria solciitado o desagravo.

Outro lado:
Procurado por Só Notícias,  o juiz Paulo Martini concedeu entrevista, por telefone, e negou que tenha feito qualquer ameaça a advogada. Segundo ele, a flor foi enviada para tentar reverter um desentendimento ocorrido entre o Poder Judiciário e a OAB, quando o corregedor Márcio Vidal esteve no município. “Eu realmente mandei uma flor, diga-se de passagem muito bonita, uma orquídea, ela devolveu, tanto que plantei, está na minha casa, em um orquidário”, disse. A situação, segundo magistrado, “criou um certo desconforto. Ela tentou inverter os fatos. Nunca vi ameaça com flor. Se eu, Paulo, mandasse a você uma flor, você se sentiria ameaçada, pergunto eu?”, disse, reforçando que “nunca existiu nada. Ela [Soraide] está querendo se promover politicamente em cima da situação, cabendo reparações das ações”, disse.

“Acho que eles [OAB] falam demais. Eu já estou respondendo, já tem advogado constituído. Por que eles não falam que já foram tomadas providências, que estou me defendendo? Que existe direito da ampla defesa e do contraditório, provas a serem feitas. Não é apenas fazer um ato em frente ao fórum”, reforçou.

“Ela [Soraide] passa por ridícula na comunidade jurídica. Temos 400 advogados, pode ver quantos advogados de Sinop estavam, 10, um ou dois do escritório dela, oito com baixa representatividade em Sinop, e 30 de fora, convidados pela OAB”, expôs. “Muitos dos advogados de fora se surpreenderam, não estavam sabendo. Pelo menos é a informação que chegou até mim”, destacou. “Estou muito tranquilo com a situação. Estou de licença, viajando e tenho certeza do que fiz foi buscar a paz entre judiciário e OAB, se for o caso vou até o STJ [Superior Tribunal de Justiça], sem pressa, para provar minha inocência. Fiz um concurso e passei, graças a Deus, não dependo de promoção”, disse.

“Só desejo a paz no coração das pessoas que estão me atacando porque compreendo que tudo na vida passa, desejo sucesso assim como Deus está me proporcionando, e é pelos meus próprios méritos. Desejo a eles sucesso, felicidades, tudo de bom”, finalizou.

 

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