O número de casos notificados de dengue em Mato Grosso apresentou um aumento significativo entre os dias 28 de fevereiro a 21 de março, de 1.861 casos para 3.562 registros. Os dados são do último levantamento divulgado pela Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Apesar do aumento, o estado continua em redução de notificações (20,3%) comparando com o mesmo período (janeiro a março) de 2014, quando teve 4.454 casos notificados.
Conforme o relatório, 27 municípios de Mato Grosso estão em alerta em decorrência ao alto índice de infestação, 13 em risco para epidemia e, apenas, 20 municípios com índice satisfatório, abaixo de 1%. Um óbito foi registrado no ano. Outras cinco mortes por suspeita de dengue aguardam confirmação.
Segundo a médica da equipe técnica epidemiológica, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Silbene Lotufo Muller, o aumento no número de casos é o esperado para a época do ano, devido às chuvas constantes. "O período chuvoso apresenta as condições favoráveis para a reprodução do Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. Por isso, estamos atentos a proliferação do vetor, monitorando semanalmente a progressão dos casos, e desencadeando ações, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde".
Em contrapartida, até o momento, não foi registrado nenhum caso de transmissão da febre chikungunya em Mato Grosso, sendo que 17 notificações de casos da doença ainda foram classificados como suspeitos. Do total, nove foram descartados e sete estão em investigação. Um caso "importado" foi registrado este ano, no município de Cuiabá.
A febre chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo Ae. aegypti e Ae. albopictus os vetores. O Aedes aegypti é o mesmo mosquito transmissor da dengue. A doença é caracterizada por febre de início súbito e dor articular intensa.