A proposta de colocar em prática em 2010 o plano diretor ambiental de Sinop pode representar um importante passo rumo ao desenvolvimento regional. Isto porque a meta seria difundir os mesmos ideais não apenas de forma isolada mas para outras cidades da região, em especial aquelas do Centro-Norte que, ao lado de Sinop, pactuaram, em outubro, medidas pelas quais se comprometeram em implementar ações que visem auxiliar no combate e prevenção às queimadas e desmatamento.
Ao todo, foram 19 que selaram o compromisso. Havendo condições de operacionalizar o planejamento, seriam em torno de 15 milhões de hectares de terras mapeados, área superior ao Estado de Santa Catarina, segundo o secretário de Meio Ambiente em Sinop, Rogério Rodrigues. “Sinop lidera um trabalho que envolve municípios localizados entre os paralelos 11 e 13”, declarou, ao Só Notícias, frisando as iniciativas já implementadas nesta cidade como a criação do Fundo Ambiental, Conselho Ambiental e as práticas adotadas no tocante a esta área.
As lideranças das cidades ainda deverão se reunir futuramente para tratar da proposta de instituir planos diretores em âmbito local. Prazos não foram precisados levando-se em conta a dimensão a ser atingida: Sinop, Vera, Nova Ubiratã, Feliz Natal, União do Sul, Santa Carmem, Cláudia, Marcelândia, Itaúba, Sorriso, Tabaporã, Porto dos Gaúchos, Juara, Novo Horizonte do Norte, Brasnorte, Nova Maringá, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Tapurah.
Rodrigues defende a necessidade de aprimorar metas específicas para a área ambiental e, segundo ele, a criação do plano diretor seria uma das ferramentas mais precisas pois daria suporte aos municípios na hora de saberem em quais frentes precisam agir para sanar os problemas. Acima de tudo, daria condições não apenas de tratar das perspectivas do meio rural mas também do cenário urbano.
Lideranças defendem uma “mentalidade global” na hora de tratar do meio ambiente. Isto porque não pode se basear, por exemplo, apenas na questão ambiental, desmatamento. Deve-se pensar também na boa utilização dos espaços urbanos, melhorar o reaproveitamento dos resíduos sólidos, combater o crescimento desordenado das cidades motivado principalmente pela falta de planejamento, bem como permitir a toda população ter direito ao saneamento básico.
O setor tem a convicção de que “atacando” os pontos fracos e os problemas urbanos promover-se-á melhorias em diferentes frentes já que as transformações, sejam elas no campo ou na cidade, ocorrem em todo ecossistema e não em apenas uma parte dele.
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