Os jurados decidiram, há pouco, absolver, por 4 votos a 1, José Segalla Júnior, 30 anos, da acusação de envolvimento na morte Suzane de Souza Gonçalves, 17 anos. O julgamento, que começou ontem às 08h terminou esta tarde. Silvio Eduardo Polidório, um dos advogados dele, disse ao Só Notícias que a defesa trabalhou com a negativa de autoria do crime e derrubou as provas apresentadas pela acusação. “A acusação era que ele tinha praticado o estupro e matado para ocultar esse estupro, porém a defesa trabalhou a questão que estupro se comprova com perícia e não houve perícia. Não havia provas suficientes”, explicou o defensor.
José ficou dois anos e meio preso. De acordo com o advogado, ele pretende entrar com uma ação contra o Estado “e contra as pessoas que conduziram de forma equivocada a investigação. Estamos satisfeitos com o resultado que provou a inocência dele”.
A sessão foi presidida pelo magistrado José Mauro Nagib Jorge. A acusação foi da promotora Ana Carolina Alves Fernandes.
O crime aconteceu em janeiro de 2012. Suzane foi dada como desaparecida desde o dia 8 de janeiro, mas seus restos mortais só foram encontrados cerca de três meses depois, cobertos por calcário, a cerca de 15 quilômetros do município. Foi realizado exame de DNA para comprovar identificação e a família só pode realizar o enterro 4 meses após a morte.
No processo consta que ela saiu de casa, às 19h30 dizendo para a mãe que ia comer um lanche. Foi vista pela última vez em um carro vermelho, acompanhada de um rapaz. A polícia prendeu José e ele sempre negou a autoria do crime.
Familiares da jovem assassinada acompanharam o julgamento, no fórum de Colíder. O Ministério Público ainda não informou se vai recorrer da decisão e pedir novo julgamento.