sexta-feira, 19/abril/2024
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Nortão: fazenda é embargada e maquinários apreendidos após desmatamento ilegal

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A operação Estanque conjunta de fiscalização começou ontem e constatou corte raso de 160 hectares em área de reserva legal em Tapurah (250 km de Sinop) com uso de correntão – dois tratores e uma corrente com elos grossos que derrubam árvores e vegetação. Foram apreendidos uma pá carregadeira, um caminhão, moto, camionete, motosserras e documentos que evidenciam a saída da madeira, além de fichas de funcionários e comprovantes de transações bancárias. A secretaria Estadual de Meio Ambiente estima que a ação evitou o desmatamento de outros 800 hectares.

Foi feita apreensão de 267 metros cúbicos de madeira em tora das essências sucupira, cambará, cumaru e cedrão, volume equivalente a 12 caminhões carregados. A área degradada pelos infratores nos municípios de Tapurah e Porto dos Gaúchos (150 km de Sinop)corresponde a 500 hectares. O desmatamento foi identificado por imagens de satélite.

Responsável pela origem da madeira, uma fazenda em Tapurah foi embargada e autuada em R$ 212 mil pelo transporte sem guia florestal válida, inserção de informações falsas no sistema de controle florestal do estado (Sisflora 2.0) e Plano de Manejo Florestal Sustentável em desacordo com a legislação ambiental. Já a serraria foi multada em R$ 62 mil pelo recebimento da carga. As 40 toras de cambará, com volume total de 40 metros cúbicos, também foram apreendidas.

“Essa parceria com o Ibama em Mato Grosso não ocorria há cinco anos. Queremos estancar o desmatamento no estado. É um aviso aos desmatadores. Mato Grosso não compactua com a ilegalidade”, disse o secretário de Meio Ambiente, André Baby, após se reunir com a presidente do Ibama, Suely Araújo, em Brasília, para consolidar a ação conjunta.

Para a superintendente do Ibama em Mato Grosso, Lívia Martins, o controle do desmatamento depende da conscientização dos consumidores, além das ações de fiscalização ambiental. “Os produtos procedentes de áreas embargadas e de Reserva Legal (gado e grãos) continuam a entrar na cadeia comercial. Enquanto existir cadeia produtiva que consuma produtos ilegais, haverá pressão para desmatamento”, afirmou a superintendente.


 

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