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Nortão: DNIT começa tapa-buracos na BR-163

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A placa na saída de Sorriso para Sinop (próxima ao aeroporto) avisa: a BR-163 está cheia de buracos e o antigo problema na rodovia está de volta. Dos 90 quilômetros do trecho, cerca de 50 estão parecendo queijo suíço de tanto buraco. Muitos carros trafegam em determinados trechos onde há acostamento porque literalmente o asfalto acabou.
Caminhões fazem o ‘balé’ do zig-zag, na tentativa de sofrer a menor quantidade possível de impactos, causados do encontro dos pneus com as ‘panelas’ na pista. Na tentativa de amenizar a situação, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) começou, no último sábado, a operação tapa-buracos.

O trabalho é lento, com previsão de “chegar” entre janeiro e fevereiro. São 80km e há muitos locais com grande quantidade de buracos. “Em dias de sol chegamos a fazer até mil metros, mas em dias chuvosos não rende”, disse um operário, à reportagem de Só Notícias. Um trabalhador vai na frente limpando os ‘buracos’ com um escovão, seguido do caminhão basculante, que leva a mistura de pedra-brita com lama-asfáltica (piche). Outros dois homens vão enchendo as pequenas crateras com o produto. Um ‘rolinho’ compactador vem socando o material para que permaneça alí até a secagem.

Vários, porém, não resistirão a fricção dos pneus das carretas (muitas com excesso de peso) e tornarão a expor a base da pavimentação, mostrando que o trabalho é paliativo. Já foi feito, por exemplo, nos dois últimos anos. Após receber os remendos, a pista fica parecendo rosto de adolescente, cheio de pelotinhas, com os carros trepidando e os passageiros sacolejando por toda a viagem.

O consolo para os usuários é o anúncio da contratação das empresas que vão reconstruir 250 km entre Lucas do Rio Verde e Nova Santa Helena. Serão investidos R$ 159 milhões para recapeamento de alguns trechos e reconstrução de outros, refazendo base, sub-base e capa asfáltica. A previsão do órgão é que comece em 2009 e fique pronto em 540 dias, lá pelo final de 2010.

Enquanto isso, os motoristas terão que arcar com os prejuízos de pneus cortados, amortecedores e embuchamentos estourados, latas trincadas, rolamentos e pontas de eixos quebradas, dentre outros, e, o setor produtivo, lamentar os dissabores causados pelos altos custos dos fretes e perdas de grãos estrada afora.

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