Daiane Gabrieli Moraes da Silva, 29 anos, foi condenada a 17 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, por envolvimento no homicídio de Juliano Puttmaker, 16 anos, morto a facadas e tiros, no dia 10 de outubro de 2009. O crime aconteceu na rua Pernambuco, no bairro Cidade Alta.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o assassinato foi cometido por Daiane e mais duas pessoas. O trio foi denunciado por homicídio qualificado, porém, Kennedy de Souza Silva, 22 anos, acabou sendo assassinado, antes de ir a júri popular. Em 2013, Gilson Felix da Silva foi condenado pelo crime. Na mesma sessão, Daiane acabou absolvida pelos jurados.
O Ministério Público recorreu da decisão do conselho de sentença. A justificativa da promotoria foi que a absolvição se deu em contrariedade às provas. O Tribunal de Justiça aceitou os argumentos e determinou a realização de um novo julgamento. A defesa de Daiane chegou a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para evitar o novo júri, mas a decisão foi mantida.
Na última segunda-feira (6), ela foi julgada pela segunda vez e acabou condenada por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. O juiz Roger Augusto Bim Donega, que presidiu a sessão, deu a Daiane o direito de recorrer em liberdade, uma vez que ela não estava presa.
O magistrado ainda fixou uma indenização de reparação aos familiares da vítima no valor de R$ 10 mil. Ainda cabe recurso à sentença.