Quatro grandes incêndios atingem 1 unidade particular no município de Marcelândia e 3 unidades de conservação em Pontes e Lacerda, Vila Bela de Santíssima Trindade e Nobres. No último município, o perigo é maior, pois põe em risco mais de 200 famílias assentadas. Equipes da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros foram acionadas e continuam os trabalhos hoje.
Para todos os casos, o superintendente da Defesa Civil, major Agnaldo Pereira, acredita que a ação humana seja a causa dos incêndios. "As pessoas ateiam fogo e quando percebem que perderam o controle, nos acionam".
No Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul, em Nobres, o fogo teria começado em uma das propriedades assentadas. Segundo o major, durante 15 dias de julho foi realizada uma operação para evitar que outro incêndio atingisse as famílias. No momento, o fogo é combatido por 5 soldados do Corpo de Bombeiros na área de amortecimento e um alerta vermelho já foi lançado aos assentados.
A área em Nobres é de difícil acesso, impossibilitando a chegada de caminhões. Assim como as áreas dos municípios vizinhos de Pontes e Lacerda e Vila Bela de Santíssima Trindade. Nos parques estaduais Santa Bárbara e Serra Ricardo Franco, respectivamente, os combatentes chegam somente após muita caminhada. "As equipes estão em campo, mas as condições são adversas como foi no Morro do Santo Antônio em que o terreno era íngreme e tivemos dificuldade de resposta".
O quarto incêndio acontece em uma propriedade particular em Marcelândia e segundo informações recebidas pela Defesa Civil há perigo de atingir uma unidade de conservação. Nos últimos 2 dias, uma equipe de Cuiabá e cidades próximas ajudaram a combater o fogo. "Nós vamos para os locais de combate e só retornamos quando for extinto o fogo".
Porém, o major Agnaldo lembra que as unidades de conservação têm prioridade e afirma ser de responsabilidade dos proprietários o zelo por suas áreas.
Quem for pego ateando fogo durante o período proibitivo de queimadas no Estado pode receber multa que varia de acordo com a área atingida – de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil por hectare nas áreas de floresta, além de correr o risco de ser detido e responder por crime ambiental.