O Ministério Público Estadual requereu, hoje, que a acusada Yana Fois Alvarenga Coelho, denunciada por exercício ilegal da Medicina e por participação no homicídio do ex-prefeito de Colniza (774 km de Sinop), perca o direito a prisão especial na Penitenciária Ana Maria do Couto May. O pedido é para que a detenta seja recolhida nas mesmas dependências das demais recuperandas, sem qualquer distinção, já que não possui curso superior.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público na sexta-feira, a acusada exercia a profissão de médica sem autorização legal. Foi apurado que, entre os anos de 2006 a 2007, a denunciada usou documento público falso para obter a transferência do curso de Medicina oferecido pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda para a Universidade de Iguaçu (UNIG), no Estado do Rio de Janeiro.
Durante as investigações, o MPE teve acesso a ofícios expedidos pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda, em julho de 2007, informando à Universidade de Iguaçu (UNIG) que os documentos utilizados pela referida acadêmica para efetivar a transferência foram adulterados grosseiramente. Além de ter sido reprovada em quase todas as disciplinas do curso, consta na denúncia que ela havia desistido da graduação antes de se transferir para o Estado do Rio de Janeiro.
Ainda, segundo o MPE, em março de 2008, o reitor da Universidade de Iguaçu expediu portaria, confirmando a desconstituição de colação de grau de Yana Fois Coelho, com a consequente invalidação do Diploma de médica. O fato foi, inclusive, comunicado ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro.
“A denunciada se utilizou o diploma invalidado, para o exercício ilegal da medicina, no Hospital Municipal André Maggi, entre os anos de 2015 a 2017, laborando, inclusive, no dia em que o então prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes, veio a óbito”, diz a denúncia. As informações são da assessoria do Ministério Público Estadual.