A justiça remarcou o júri popular da dupla acusada de assassinar, a tiros, de Cristhian Jhones Campos de Souza, 18 anos, e P.S.S., 16 anos. O crime aconteceu em novembro de 2014, na avenida Júlio Campos, próximo à praça da Bíblia. Os réus, que continuam presos, também respondem por três tentativas de homicídio, duas delas contra policiais militares.
O julgamento estava marcado para a última quarta-feira (27). Porém, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) foi redesignado para 17 de setembro. Anteriormente, o júri, que estava previsto para agosto do ano passado, também foi cancelado, o que motivou a defesa a ingressar com um habeas corpus no Tribunal de Justiça para soltar os suspeitos. A alegação foi de “constrangimento ilegal” por excesso de prazo.
Os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, no entanto, decidiram manter presos os acusados. “Para que seja reconhecido o constrangimento ilegal decorrente do excesso de prazo para o deslinde processual é necessária a demonstração da desídia do Poder Judiciário e ofensa ao princípio da razoabilidade, devendo-se observar as particularidades do caso concreto”, consta em trecho da decisão, divulgada em novembro do ano passado.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, o crime foi cometido por três homens. Um deles, de 23 anos, porém, foi encontrado morto, em janeiro de 2018, na cela 5 do raio Azul, do presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”. O jovem havia sido localizado pela polícia em Primavera do Leste, meses após o crime. Desde então, estava preso em Sinop. Os outros dois foram localizados em Porto União (SC) e no bairro Maria Vindilina 3, em Sinop.