A secretaria municipal de Saúde confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que a menina recém nascida, que tem menos de um mês de idade, que estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com suspeita de meningite, faleceu ontem.
Ainda segundo o município, a criança tinha liminar para ser regulada para uma unidade de terapia intensiva (UTI) no hospital regional, desde o dia 10 desse mês. Entretanto, isso não ocorreu.
Conforme Só Notícias já informou, no dia 12, a prefeitura acionou o Estado e o hospital regional para que adotassem medidas imediatas no sentido de transferir os pacientes já regulados e que continuavam internados na UPA.
Na data, o município apontou que a média é de 50 pacientes internados diariamente com quadros considerados extremamente graves. Em um trecho da notificação o secretário municipal de Saúde, Gerson Danzer ressaltou que “a UPA vem enfrentando sérias dificuldades na liberação de pacientes considerados graves e que necessitam de procedimentos de alta complexidade. É uma unidade de estabilização, ou seja, a gente recebe o paciente e regulamos para o hospital de referência que seria o regional. Hoje temos crianças internadas de outros município e pacientes entubados, respirando mecanicamente e aguardando vagas. Sinop atende todo o pólo regional de Saúde, que abrange mais de 30 municípios”.
O secretario também alertou para o caso da indígena. “Temos um caso de uma criança indígena com suspeita de meningite aguardando vaga de UTI, entre outros casos”, pontuou.
A UPA é atualmente administrada pela Organização Social de Saúde Instituto Vida, que também oficiou o município quanto a alta demanda de casos graves internados na unidade. Ainda segundo o secretário, mensalmente o município investe R$ 1,3 milhão na UPA. Deste valor, R$ 227,5 mil são do Ministério da Saúde e R$ 115,7 mil da Secretaria de Estado e de Saúde e o restante é custeado pela prefeitura de Sinop.
Ontem, a secretaria estadual de Saúde (SES) se posicionou sobre a internação de pacientes que precisam de procedimentos cirúrgicos e que continuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A pasta informou, por meio da direção do Hospital Regional de Sinop, que estes pacientes não apresentam quadro de alta complexidade e que, portanto, podem ser atendidos pelo município.
“A secretaria, por meio da direção do hospital regional, esclarece que os pacientes internados na UPA, que necessitam de leito hospitalar, não apresentam quadro de saúde de alta complexidade, mas, sim, de baixa e média complexidade. Portanto podem ser internados em leitos de retaguarda que devem ser providenciados pelo próprio município”.
A secretaria também detalhou, a uma emissora local de TV, que o hospital regional “é referência para pacientes com quadro de saúde de alta complexidade e que tem registrado ocupação de mais de 90% de pacientes oriundos de Sinop”.
(Atualizada às 8h14)