Um aglomerado de luzes em meio à noite pantaneira. Essa foi uma das concepções dos arquitetos Paulo Molina e José Afonso Portocarrero na criação do projeto do Complexo Turístico e Histórico de Mimoso, o Memorial Rondon. Com cinco mil metros quadrados, a construção tem como referências a sustentabilidade e a cultura indígena. Edificado no distrito de Mimoso, em Santo Antônio de Leverger, o Memorial faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Turismo (Prodestur) e custou R$ 2,9 milhões ao Estado.
Localizado na região da Baía de Chacororé, no Pantanal, a estrutura foi construída sobre uma palafita (modelo usado para edificações em meio a alagados). O espaço tem formato circular e o telhado com brises 100% de metal que remetem à ideia de ocas indígenas, uma das principais bandeiras do homenageado, o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
O prédio do Memorial é totalmente envolvido por brises móveis, que quando fechadas possibilitam a proteção da área interna. Porém, eles são perfurados de forma a permitir a manutenção do local de maneira sustentável, utilizando a iluminação natural durante o dia e ventilação pantaneira, com foco na economia de energia. Porém, ventiladores foram fixados no teto para dias mais quentes.
Para brilhar no Pantanal durante a noite, o Memorial possui mais de 500 lâmpadas de led, que oferecem vantagens em termos de durabilidade e economia.
A edificação abriga ainda quatro laboratórios de pesquisa. De acordo com o arquiteto Paulo Molina, a ideia é que o local sirva como ponto de apoio para pesquisadores que estudam o Pantanal mato-grossense. “Existem muitas pesquisas sobre o Pantanal, por isso pensamos na construção de laboratórios para que os pesquisadores tenham um ponto de apoio que possa facilitar os estudos”.