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Médicos do Hospital Regional de Sinop denunciam situação caótica ao MP

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A direção clínica do Hospital Regional de Sinop procurou o Ministério Público Estadual para denunciar a situação caótica na unidade, desde a paralisação dos atendimentos de obstetrícia para as pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS) no Hospital Santo Antônio (Fundação Comunitária de Saúde). Os profissionais pedem que a promotoria “providencie a resolução e determinação de serviço especializado para que se possa destinar estas pacientes (gestantes) e assim propiciar o devido atendimento, minimizando danos às mesmas”.

No ofício, é explicado que as grávidas têm sido encaminhadas para a unidade, atualmente “superlotada” e “sem especialistas e estrutura física para atendimento”. Os profissionais ainda citam o transtorno gerado às pacientes admitidas em trabalho de parto, que estão sendo levadas também para Sorriso e Colíder, “visto ser necessário disponibilizar profissional médico para acompanhar as gestantes até a referencia. Ressalvo ainda o tempo necessário para o transporte, podendo ocasionar partos durante o trajeto, e que, em caso de complicações, implica em risco de vida à mãe e ao feto”.

O deslocamento de plantonistas, lembra o ofício, também estaria afetando outros atendimentos, uma vez que “o acompanhamento (das gestantes) está sendo feito por um dos médicos plantonistas, acarretando atrasos aos demais pacientes que permanecem na unidade”.

Além do ofício enviado ao MP, os profissionais também redigiram uma carta ao interventor da unidade, Wanderson Aristides da Silva, apontando insatisfação com a Secretaria Estadual de Saúde, que não estaria honrando com “os pagamentos aos prestadores da instituição. Além de débitos de 2014, os prestadores contam com atrasos de três meses nos repasses de 2015”. A direção clínica ainda afirma “não haver mais condições em manter o funcionamento pleno da unidade, devido ao número reduzido de profissionais que continuam prestando atendimento”, comunicando ainda que “não mais prestarão serviços a partir de 1º de julho, em caso da não regularização dos repasses, o que acarretará na inviabilidade total dos serviços”.

Conforme Só Notícias já informou, até o momento, as gestantes estão sendo atendidas em locais improvisados no município, ou encaminhadas para Sorriso e Colíder. Na segunda-feira (8), duas pacientes tiveram que ser atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e outra no próprio Hospital Regional, ambos sem estrutura para partos. Além disso, com a falta de pagamentos, alguns médicos também teriam pedido demissão. Dos 11 para escala de plantões, 5 entraram com pedido para sair. A  preocupação é quanto a escala do próximo mês que com esse quadro poderá não ser fechada.

Em ofício enviado ao secretário de Saúde, Marco Bertúlio, datado de 19 de maio, a situação é exposta e além dos problemas nos pagamentos dos salários, outros são destacados, como a suspensão de procedimentos cirúrgicos devido a falta de materiais, rouparia e medicamentos necessários; equipamentos sem manutenção de rotina, ocasionando desgaste e até mesmo a inutilização; falta de combustível em ambulâncias para remoção de pacientes; falta de medicamentos no estoque da farmácia; falta de itens básicos como luvas; falta de rouparia para realização de cirurgias, nas enfermarias e Pronto-Socorro; obra inacabada no Pronto-Socorro e telefones bloqueados devido a falta de pagamento. Até agora, o ofício não foi respondido.

Além dos procedimentos de obstetrícia, também foram suspensos os atendimentos de oncologia (tratamento de câncer) no Santo Antônio. A medida, segundo o diretor da unidade, Wellington Randall Arantes, é por falta de contrato. Até que a situação seja resolvida,  pacientes do SUS não serão mais atendidos, com exceção daqueles que ainda estão na unidade.

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