segunda-feira, 29/abril/2024
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Mato Grosso registra quatro casos de desaparecimento por dia

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Delegacias de Mato Grosso registraram em média quatro ocorrências de desaparecimento a cada dia nos últimos 5 anos, de 2012 a 2016. A informação consta no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2017 divulgado nacionalmente nesta manhã, em São Paulo, com a intenção de suprir a falta de dados confiáveis no setor que possam subsidiar políticas públicas.

Este dado é aproximado porque o Estado não encaminhou todas as informações solicitadas pela equipe de organização do levantamento. De acordo com a Polícia Civil, dos casos registrados em Cuiabá e Várzea Grande mais de 80% são esclarecidos por núcleo que funciona na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

Entre as pessoas que somem, cerca de 54 por mês na região metropolitana, maioria é homem, de 18 a 64 anos. De acordo com dados da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), em 2016, mais de 400 adolescentes, de 13 e 17 anos, também desapareceram na capital e interior. Pelo menos 1 caso registrado por dia. Maioria tem como desfecho a volta para casa. Mas há também vítimas de crimes violentos, como uma adolescente de 14 anos encontrada, em março deste ano, morta em São José do Rio Claro (315 quilômetros de Cuiabá) 3 dias após desaparecer. O corpo de Vitória Gabrielli estava jogado em um matagal às margens de uma estrada próxima da cidade.

Boa parte dos registros são relativos às crises típicas da fase da adolescência, como o caso de uma adolescente, de 15 anos, que falou para o pai que ia fazer um trabalho de escola na casa de uma colega e não voltou mais. O pai da menina, Claudinei Braulino da Silva, registrou o sumiço na Delegacia Municipal de Sinop. Depois de 24 horas, Nataly Gabriel apareceu na casa de uma pessoa conhecida da família, pelo pai dela, depois dele procurar a menina por todo esse tempo, com a ajuda das amigas e da Polícia.

Há ainda desaparecimentos relacionados a crimes e acidentes, como homicídios, latrocínios e afogamentos. O empresário de Nova Mutum, Alaércio Teixeira da Silva Oliveira, foi encontrado morto dia 15 de agosto. Ele teve o carro e bens roubados por assaltantes. Estava desaparecido há 3 dias.

O trabalho do Núcleo de Desaparecidos da DHPP de Cuiabá começa no momento em que a ocorrência é registrada. A primeira ação é levantar informações que possam auxiliar a encontrar algum indício que levou ao desaparecimento. Para isso, os policiais procuram ouvir pessoas próximas, como familiares, amigos, além de fazer checagens em meios eletrônicos, como sites e redes sociais da Internet, que possam fornecer alguma pista.

Ao mesmo tempo em que é feita a busca de informações, o setor entra em contato outras unidades como hospitais, unidades de saúde, casas de abrigo, Polícia Militar, Departamento Médico Legal e demais órgãos que possam auxiliar na localização do desaparecido.

O registro de desaparecimento de uma pessoa pode ser feito no próprio Núcleo de Desaparecidos, nas Centrais de Ocorrência de Cuiabá e Várzea Grande ou pela Delegacia Virtual. Em todos os casos, a ocorrência é encaminhada para o setor especializado, onde é realizado o cadastro da vítima.

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