Dados do Sistema de Estatística de Ocorrência Policial (SEOP/PM-MT) apontam que de 2007 a 2012, Mato Grosso registrou 127 roubos e furtos de cargas, sendo a maioria deles, 75, na região urbana – nas BRs 364, 070, 174 e 163 . Os trechos foram nos que dão acesso à Rondonópolis, Jaciara, Juscimeira, Alto Garças, Alto Araguaia, Campos de Júlio, Campo Verde, Barra do Garças, Nova Lacerda, Comodoro, Itiquira; e nas rodovias estaduais, como as MTs 130, 100, 170 e 140, nos trechos que compreendem os municípios de Poxoréu, Primavera do Leste, Alto Taquari, Tesouro, Juara, Colniza, Santa Rita do Trivelato e Santa Carmem.
Os números foram expostos pelo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Diógenes Curado Filho, na 26ª Sessão do Fórum Paulista do Transporte e o II Encontro Interestadual para Ações Integradas de Prevenção e Repressão ao Roubo e Furto de Cargas e Veículos, na terça-feira (29), em São Paulo. O segundo maior registro de roubos e furtos de cargas no Estado aconteceram na zona rural, totalizando 46 ocorrências de 2007 a 2012. A ação dos criminosos aconteceram na BR-158, em Ribeirão Cascalheira, até as MTs 242, 246, 433, 423, 225, 388, 243, 206, 299 e 410 – nos municípios de Rosário Oeste, Alto Boa Vista, União do Sul, Feliz Natal, Campos de Júlio, Querência, Aripuanã, Itiquira, Juara, Brasnorte, Poconé e Nova Ubiratã.
Ao apresentar as ações de Mato Grosso, o secretário falou sobre a implantação no Sistema de Registro de Ocorrência Policial (SROP) de um campo específico para catalogar o tipo de cargas e a quantidade de produtos roubados e/ou furtados. Hoje os produtos mais visados em Mato Grosso são combustíveis, soja, algodão, farelo e defensivos agrícolas, sendo que o roubo e furto deste último produto é investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil do Estado.
O objetivo doe vento era com que os representantes das secretarias apresentassem os trabalhos realizados dentro do seu estado e propostas para trabalhar em conjunto com outras forças no combate ao roubo de cargas no país. Ele foi promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) em parceria com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Conforme o vice-presidente do Setcesp e coordenador Nacional da Comissão de Combate ao Roubo de Cargas, Roberto Mira, são registradas no país 12 mil ocorrências de roubos e furtos de carga por ano. "Precisamos que haja mais leis que protejam os transportadores desse crime e, principalmente, trabalharmos na prevenção e punição aos receptadores de cargas roubadas. Sem receptador, não existe o roubo de cargas", destacou.
O secretário adjunto de Segurança Pública de São Paulo, Jair Burgui Manzano, ressaltou o alto número de ocorrência envolvendo roubos de carga na capital paulista e acredita que a solução do problema "é unir os representantes dos sistemas de segurança em um trabalho conjunto no intuito de flagrar as operações criminosas em diversos âmbitos", observou.