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Mato Grosso propõe ao ministério do Meio Ambiente separar desmate autorizado do ilegal para fiscalização ser mais eficiente

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Só Notícias (foto: Mayke Toscano/arquivo)

A secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti e secretários de demais Estados apresentaram, ontem, ao ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), a necessidade de separar o desmatamento com autorização daquele que é ilegal, para possibilitar ações de combate ao desmates ilegal mais eficientes. A sugestão contribui com o aprimoramento do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, do Governo Federal, e consolida as visões dos diferentes Estados da Amazônia, construídas com base na experiência prática adquirida frente aos desafios locais. Termina hoje a consulta pública ao plano nacional.

Em Mato Grosso, 51% das aberturas de áreas da Amazônia do primeiro trimestre foram feitas com autorização ambiental, informa a Sema. O resultado é reflexo dos investimentos estaduais no combate aos crimes ambientais e do licenciamento ambiental. Outro apontamento é de que as ações devem ir além de multar os infratores para que se consiga, efetivamente, responsabilizar quem cometeu crimes ambientais.  

“Entendemos que o papel do Estado não se esgota com o auto de infração e o embargo da área. É necessário estratégia para regularização ambiental e cobrança efetiva da multa. Julgar os processos e obter a reparação do dano ambiental devem fazer parte do PPCDAm”, defende Mauren, que também é presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).

No Estado, os esforços para que os processos de infrações ambientais sejam julgados no mesmo ano em que foram lavrados colocam Mato Grosso como referência. Também foram implementados no último ano os novos sistemas SIGA Autuação e Responsabilização, que tornam o processo 100% digital, desde a lavratura do auto até o julgamento administrativo.

“Apresentamos os pontos que entendemos que precisam de aprimoramento. Destacamos a necessidade dos estados terem um espaço na governança, que permita efetivamente a participação na construção do plano de ação para implementação de medidas contra o desmatamento ilegal”, destaca Mauren.

Ela ainda aponta como uma importante ferramenta de combate ao desmatamento a implementação do Código Florestal Brasileiro por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e, juntamente com a secretária de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi), Julie Messias, se reuniram com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. “Colocamos que a implementação do código florestal é importante para o combate ao desmatamento ilegal, mas também para a concretização da produção sustentável no Brasil. Entendemos o orçamento disponível para a regularização ambiental no Brasil, que é de aproximadamente 800 milhões de dólares, e vamos evoluir nas tratativas com o ministério para avançarmos no CAR”, concluiu, através da assessoria.

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